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Entre as famílias brasileiras, 25,1% - ou 1 a cada 4 delas - terminaram o mês de junho com dívidas ou contas em atraso. O dado consta de pesquisa divulgada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgada nesta quinta-feira (1º). 

Em maio, 24,3% delas estavam nessa condição, segundo a pesquisa mensal da CNC. Em junho do ano passado, eram 25,4% as famílias inadimplentes.

O estudo também apontou que 10,8% das famílias declararam não ter condições de pagar seus compromissos. O índice aumentou em relação a maio, quando ficou em 10,5%. A situação, no entanto, melhorou em relação a junho de 2020, quando 11,6% delas não teriam como arcar com as despesas. 

A pesquisa também apontou que 69,7% das famílias brasileiras, em junho, tinham alguma dívida. Em outras palavras, quase 7 a cada 10 famílias estão endividadas. É a maior marca desde 2010.

Por endividadas, o estudo considera quem tem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de financiamento de carro e de casa.

Quando há uma dívida, mas o valor é quitado e está dentro do orçamento familiar, ela não constitui um problema. Ele acontece quando o débito não é pago ou quando as pessoas não conseguem arcar com todas as suas contas.

Famílias de menor renda são as mais afetadas

magem mostra mulher vista de cima, com as mãos cruzadas em frente ao rosto, olhando para celular em cima de uma mesa onde há papéis espalhados  

O estudo dividiu as famílias em 2 grupos diferentes. Um deles, com renda de até 10 salários mínimos (até R$ 11 mil). O outro, cuja renda supera esse valor. 

Entre as de renda menor, o percentual das que não conseguiram pagar suas contas e ficaram inadimplentes subiu de 27,1% em maio para 28,1% em junho. 

Por outro lado, no grupo com renda superior aos 10 salários mínimos manteve, foram 11,9% as que estavam inadimplentes, mesmo percentual de maio. 

Planejamento financeiro pode evitar inadimplência

Para evitar cair na situação de endividamento em que estão muitas das famílias brasileiras ou deixar de fazer parte desse grupo, é importante fazer um planejamento financeiro

Esse planejamento familiar precisa contemplar:

  • O rendimento mensal da casa (quais são as fontes de renda, quanto cada pessoa traz de dinheiro para casa, e qual é o ganho real da família);

  • Quais são as despesas (valores de contas fixas, como aluguel, internet, financiamento de veículos etc., e valores de despesas variáveis, como supermercado, contas de água e luz, emergências, entre outras);

  • O peso de dívidas nesse orçamento e o quanto a família tem pago em juros;

  • Os valores para emergência e investimento que a família possui (ou deseja possuir) para lidar com imprevistos e realizar objetivos de curto, médio e longo prazos.

Dessa forma, o planejamento financeiro da família ajuda a usar o dinheiro de forma coerente, estratégica e de acordo com a realidade das pessoas da casa. Assim, todos podem prosperar juntos!

Aliás, é importante uma ação coletiva. Não adianta alguém ser super econômico e outra pessoa da família gastar muito. Por isso, analise a rotina individual e pense em ações coletivas para que todos tenham hábitos que ajudam a economizar.