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O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do governo federal que banca as mensalidades de instituições de ensino superior privadas com avaliação positiva, é uma das políticas educacionais mais importantes do Brasil porque dá poder de formação aos universitários.
Suas normas, entretanto, exigem atenção aos detalhes financeiros. Tais regras geram algumas dúvidas para quem pretende aderir ou já contratou o financiamento. Por isso, é fundamental estar atento sobre o pagamento do boleto Fies, além de saber o que fazer em casos de atrasos ou como solicitar a segunda via do comprovante de dívida.
O boleto Fies é o documento usado para o pagamento do financiamento estudantil, concedido pelo governo federal, para pessoas com renda mensal de até três salários mínimos e que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010.
Para esses estudantes que tiveram desempenho de pelo menos 450 pontos na média das provas e nota acima de 0 na redação (precisa ser da mesma edição), o governo custeia as mensalidades do curso até a conclusão.
Durante a graduação, o estudante deve pagar boletos com valores correspondentes às taxas bancárias, os juros fixados e o seguro de vida, previstos no contrato do financiamento.
Essa cobrança ocorre a cada três meses e o valor máximo a ser pago é definido na contratação. Após a conclusão do curso, o estudante ou o responsável financeiro começa a pagar os boletos da dívida. O valor das parcelas também depende do que foi definido na assinatura do contrato. Se o estudante não conseguir emprego após a formatura ou o responsável financeiro não conseguir quitar a dívida do Fies, uma possibilidade é a contratação de empréstimo pessoal.
As parcelas do boleto Fies são pagas diretamente para a instituição financeira contratada dentro de um prazo de até 14 anos após a conclusão do curso.
Todos os boletos são enviados mensalmente para o endereço do estudante via Correios. Também é possível imprimir o documento no site da Caixa Econômica Federal, instituição oficial responsável pelo financiamento. O pagador precisa ficar atento às datas de vencimento. Caso o comprovante de dívida não chegue em casa, o responsável financeiro deve, ainda assim, realizar o pagamento.
Dentro da data de vencimento, o boleto Fies pode ser pago das seguintes formas:
Na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil também é possível efetuar o pagamento via débito automático.
Caso o boleto Fies não chegue ao seu endereço na data de vencimento, será necessário atualizá-lo. A maioria dos contratos do financiamento estudantil são feitos pela Caixa Econômica Federal e é simples e rápido emitir a segunda via. Veja:
O horário para emissão do boleto no site da Caixa é das 9h às 19h, de segunda a sexta-feira, e a multa diária por atraso no pagamento é de R$ 50. Outra consequência é a negativação do nome: o não pagamento da dívida com o Fies gera a inclusão do CPF do estudante no cadastro de inadimplentes dos órgãos de proteção ao crédito, como a Serasa.
Caso o seu contrato do Fies seja com outra instituição financeira, é importante procurar saber se há possibilidade de emitir o boleto on-line ou se será necessário ir até a agência.
Se você estiver com um ou mais boletos Fies atrasados, é possível acessá-los na internet para imprimir e pagar, ou ir a uma agência do banco onde foi feita a contratação do financiamento.
Assim como a emissão da segunda via, é possível acessar e imprimir no site das duas instituições financeiras responsáveis pela maioria dos contratos, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
É comum que, ao decorrer da graduação, o estudante beneficiário do Fies tenha algum problema financeiro, afinal, são geralmente três ou quatro anos de curso e imprevistos podem acontecer e apertar o orçamento.
Caso isso aconteça e você fique inadimplente com o boleto, é importante buscar negociar a dívida para evitar alguma interferência na colação de grau.
Após a conclusão do curso, se a pessoa deixar de pagar as parcelas do financiamento por algum motivo, o nome também pode ser negativado. Uma opção para não ter o nome incluído nos órgãos de proteção ao crédito é fazer a renegociação de dívida.
Para que não seja necessário chegar a esse ponto, é importante ficar atento aos prazos de pagamento e se organizar financeiramente. O empréstimo pessoal pode ser uma alternativa para sair do sufoco também e ficar em dia com as parcelas do financiamento estudantil.
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