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O estudo mostra que, no geral, o valor da cesta subiu em 14 das 17 cidades analisadas em maio em relação a abril. As maiores altas foram em Natal (4,91%), Curitiba (4,33%), Salvador (2,75%), Belém e Recife (ambas com 1,97%).
As capitais onde o valor da cesta apresentou queda de um mês para o outro foram Campo Grande (-1,92%) e Aracaju (-0,26%).
A cesta mais cara foi a de Porto Alegre: R$ 636,96. Depois, vêm os conjuntos de alimentos pesquisados em São Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636,37) e Rio de Janeiro (R$ 622,76). As cidades com menor custo para essa cesta foram Aracaju (R$ 468,43) e Salvador (R$ 470,14).
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Mas, ao comparar os preços das cestas de maio deste ano com o mesmo mês do ano passado, houve aumento dos valores em todas as 17 cidades que fazem parte do estudo.
Nessa comparação, as maiores altas foram em Brasília (33,36%), Campo Grande (26,28%), Porto Alegre (22,82%) e Florianópolis (21,43%).
Veja abaixo os produtos com maiores reajustes de preços e com altas em mais cidades pesquisadas pelo Dieese.
Açúcar: aumentou em 16 capitais. As taxas oscilaram entre 0,95%, em Natal, e 7,43%, em Curitiba. Houve maior demanda pelo produto e menor oferta, porque a moagem começou mais tarde e a produtividade nos canaviais foi reduzida. Com isso, os preços subiram no varejo.
Óleo de soja: aumentou em 15 capitais. As maiores elevações ocorreram em Curitiba (12,75%), Porto Alegre (4,95%), Campo Grande (3,33%) e Florianópolis (3%). Em Aracaju, o preço diminuiu (-2,56%). Houve dificuldade dos produtores para conseguir matéria-prima.
Carne bovina de primeira: aumentou em 16 cidades. As maiores variações foram em Salvador (6,09%), Curitiba (5,70%), Florianópolis (4,76%) e Vitória (4,57%). Segundo a análise do Diesse, os motivos para mais essa alta foram a forte demanda externa, altos custos de produção e baixa oferta do produto para abate.
Aliás, a alta da carne bovina, somada à perda da renda por causa da pandemia já faz os brasileiros aumentarem o consumo de ovos como forma de complementar a refeição, de acordo com levantamento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Café em pó: aumentou em 15 cidades. As maiores variações foram registradas em João Pessoa (5,07%), Fortaleza (4,52%), Brasília (3,90%) e Curitiba (3,78%). Houve retração em Aracaju (-0,86%). A queda na oferta e o clima desfavorável para a lavoura elevaram o preço.
Pão francês: aumentou em 13 capitais. As altas variaram de 0,36%, em São Paulo a 1,67%, em Recife. Houve quedas em Campo Grande (-1,99%), Florianópolis (-1,31%) e João Pessoa (-0,09%). Motivos: crescimento do consumo de pão durante a pandemia e alta nos valores médios da farinha para panificação.
Litro do leite integral: aumentou em 12 capitais. As maiores altas do leite foram observadas em Curitiba (5,45%), Goiânia (3,42%), Brasília (3,09%), Vitória (2,69%) e Porto Alegre (2,46%).
Quilo da manteiga: aumentou em 10 cidades. Principais elevações: Campo Grande (4,11%) e Curitiba (4,08%). A alta, tanto para o leite quanto para a manteiga, ocorreu por causa da entressafra do leite, do clima seco e dos maiores custos de produção.
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais.
A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais.
Hoje, o levantamento é feito em 17 unidades da Federação. Permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.
Os itens básicos pesquisados foram definidos pelo decreto lei nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salário mínimo no Brasil e está vigente até hoje.
O decreto determinou que a cesta de alimentos fosse composta por 13 produtos em quantidades suficientes para garantir o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto por 1 mês. Bens e quantidades foram diferenciados por região, conforme os hábitos alimentares locais.
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