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A massa de ar polar que atingiu diversas regiões do país no fim de julho é um dos fatores que estão pesando. Ela reduziu algumas safras e, assim, deve elevar o valor de algumas mercadorias nos supermercados, feiras e sacolões.
Isso acontece porque, com a queda na produção (safra), há menos produtos disponíveis. Isso faz os preços subirem se os consumidores continuam querendo comprá-lo. Basicamente, o pensamento é que “tem menos, então quem estiver disposto a pagar mais leva”.
Outro problema é que mais frio e seca aumentam os custos de produção. E esses valores maiores também são repassados para o consumidor. São basicamente esses os mais imediatos efeitos do clima na economia e no seu bolso.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou num comunicado que a estimativa da produção brasileira de grãos no período de 2020/2021 é de 254 milhões de toneladas, 1,2% menor do que a anterior.
De acordo com a Conab, essa redução aconteceu por causa da seca e do frio prolongados. E a queda aconteceu apesar de a área plantada ter aumentado 4%. Em São Paulo, a companhia disse que a quebra da safra se concretizou depois das geadas de julho.
A Conab também informou que é a produção do milho uma das que devem ser mais afetadas. Isso quer dizer que os preços da carne e do frango também devem subir.
É como se fosse um dominó: o milho é usado como ração animal. Se sobe o valor do milho, aumenta também o custo para criação de frangos e bois. Se sobe o preço para criar esses animais, aumenta também o preço final dessas carnes.
A Conab ainda informou que o feijão tem estimativa de 2,94 milhões de toneladas nesta colheita. É um valor 8,8% menor que o obtido na safra 2019/2020. A seca impactou as principais regiões produtoras do país.
A cana-de-açúcar foi outra lavoura afetada pela seca e pelo frio. A Conab disse, em outro relatório, que as geadas provocaram “queima das folhas de parte dos canaviais do centro-sul do país”, o que acentuou as perdas já causadas pela seca.
O café também teve impacto de geadas nas regiões produtoras. E esse efeito pode se estender para a safra do ano que vem.
Assim como nos alimentos, a seca também impacta no bolso quando o assunto é conta de luz. Isso ocorre porque os reservatórios ficam com menor nível de água, o que reduz a produção da energia hidrelétrica, principal fonte de energia no Brasil.
Quando chove pouco e diminui a produção de energia hidrelétrica, é preciso aumentar a produção de energia por outras fontes. Uma delas é a térmica, que é mais cara.
Foi esse o motivo que levou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a adotar a bandeira vermelha patamar 2 nas contas de junho e, depois, aumentar o valor dela a partir de julho.
Com isso, todos os brasileiros passaram a pagar uma taxa extra de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos.
E a conta de energia foi o principal fator de influência sobre o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, em julho. O índice ficou em 0,96% no mês passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o maior para um mês de julho desde 2002.
Leia também: Energia: especialista aponta que maiores riscos são aumento do preço e “apagões” pontuais
Diante dessa alta de preços na conta de luz, é importante observar como economizar energia. Neste artigo, damos 11 dicas para você poupar eletricidade na sua casa.
De acordo com a Aneel, entre os eletrodomésticos que mais consomem energia elétrica estão:
Ar-condicionado;
Chuveiro elétrico;
Geladeira;
Ferro de passar.
A agência também destaca que é preciso ter atenção a itens como lâmpadas e aparelhos como televisão e videogame, que, mesmo desligados, podem consumir energia caso estejam na tomada.
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