O que você vai ler neste artigo:
Você é empreendedor e tem um negócio próprio, mesmo que individual? Então já deve ter percebido que, assim como na vida pessoal, a inflação tem efeito e impacto sobre seus negócios.
Os aumentos de preços das contas de luz, de água, de gás, os reajustes nos valores dos combustíveis, a alta do custo da alimentação e dos aluguéis - em geral, reajustados pelo IGP-M - pressionam os custos de produtos e serviços oferecidos por micro e pequenos empresários.
Pensando nisso, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) reuniu algumas orientações para os empreendedores lidarem com o aumento de preços e diminuir o impacto nos negócios.
A ideia é ajudar os empresários a controlarem os gastos, buscarem formas de driblar alguns reajustes e, ainda, como evitar repassar os custos para os clientes, com risco de perder vendas.
Veja abaixo algumas dicas do Sebrae para empreendedores lidarem com o aumento dos preços.
Um controle cuidadoso e detalhado dos seus gastos é super importante para saber onde, exatamente, diminuir as despesas.
Esta é outra dica importante. Ao negociar bem as compras de matérias-primas para seus produtos, assim como os contratos com clientes e fornecedores, o empreendedor sai ganhando.
Uma análise criteriosa da empresa permite ao empreendedor fazer melhores negociações. Assim, consegue negociar dívidas, preços com fornecedores, aluguéis, taxas e financiamentos com instituições financeiras e o que mais pesar no orçamento da empresa.
Outra dica importante é ficar atento aos indicadores, como a inflação. Também é importante prestar atenção em tendências do mercado para estimar melhor os custos, receitas no futuro e evitar o repasse de custos ao consumidor.
Como a economia ainda está se recuperando e o cenário é de incertezas para o empreendedores, é necessário planejar bem onde investir. Tenha em consideração que os investimentos têm um prazo de maturação para que passem a dar retorno.
Além das 5 dicas acima, o empreendedor também deve ter cuidado para não repassar, imediatamente, o aumento de preços ao consumidor.
Esse é mais um motivo para ter na ponta do lápis os gastos e receitas, além de saber negociar, de acordo com o analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Giovanni Beviláqua.
“Para que o repasse não seja de imediato é muito importante que haja um controle cuidadoso da gestão financeira em relação aos custos e sobre as receitas”, afirmou o analista num comunicado do Sebrae.
Até julho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), está em 4,76%.
Só no mês de julho, o indicador registrou que os preços aumentaram em 0,96% no Brasil. Foi a maior variação para este mês desde 2002. No acumulado dos 12 meses terminados em julho, a inflação é de 8,99%.
A tarifa de energia elétrica, que aumentou 7,88% em julho, tem causado forte impacto na inflação. Esse item faz parte do grupo Habitação, o que mais subiu (3,1%), de acordo com o IBGE.
Além da energia, também impactaram o grupo Habitação as altas constatadas nos preços do gás de botijão (4,17%) e do gás encanado (0,48%).
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