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Reajustes de energia, água, gás encanado e de botijão e gasolina foram os fatores com mais influência na inflação, diz Ipea
ARTIGOS
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15.06.2021
controle
seus gastos
PorRodrigo Chiodi
O aumento dos preços em maio de 2021 foi mais sentido pelas famílias de renda muito baixa, cujos rendimentos são inferiores a R$ 1.650,50. Dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que a inflação para essas pessoas foi de 0,92% no mês passado.
Enquanto isso, as famílias de renda mais alta – com rendimentos acima de R$ 16.509,66 – tiveram inflação de 0,49% no mesmo período.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é considerado a inflação oficial do Brasil, ficou em 0,83% em maio. O estudo do Ipea se baseia nos dados do IPCA.
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O Ipea divide a análise em 6 faixas de renda familiar. Para todas, a inflação aumentou de abril para maio, como segue abaixo, de acordo com a classificação feita pelo instituto:
Renda muito baixa (menor que R$ 1.650,50): de 0,45% para 0,92%;
Renda baixa (entre R$ 1.650,50 a R$ 2.471,09): de 0,42% para 0,88%;
Renda média-baixa (entre R$ 2.471,09 e R$ 4.127,41): de 0,33% para 0,86%;
Renda média (entre R$ 4.127,41 e R$ 8.254,83): de 0,26% para 0,82%;
Renda média-alta (entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66): de 0,20% para 0,75%;
Renda alta (acima de R$ 16.509,66): de 0,23% para 0,49%.
Esses índices mostram que, quanto maior o rendimento, menor foi a inflação sentida pelas famílias em maio, segundo o Ipea.
Em seu estudo, o Ipea destacou que os grupos habitação e transportes foram os que mais pressionaram a inflação em maio.
Os reajustes de energia elétrica (5,4%), tarifa de água e esgoto (1,6%), gás de botijão (1,2%) e gás encanado (4,6%) foram os principais destaques do grupo habitação, aqueles que mais pesaram no bolso dos consumidores.
E esse grupo habitação, destaca o Ipea, foi responsável por 0,42 ponto percentual da inflação das famílias de renda mais baixa. Quer dizer o seguinte: como a alta de preços para esse grupo foi de 0,92% em maio, quase metade desse índice veio desses aumentos.
No caso do grupo de transportes, os aumentos que foram mais sentidos pelos consumidores foram os da gasolina (2,9%), do etanol (12,9%) e do gás veicular (23,8%).
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Quando é analisado o acumulado de 2021, as variações das famílias de renda alta (3,02%) e de renda muito baixa (3,00%) são praticamente iguais.
As variações de preços neste ano até maio são as seguintes, por grupo analisado do Ipea:
Renda muito baixa: 3,00%
Renda baixa: 3,22%
Renda média-baixa: 3,38%
Renda média: 3,46%
Renda média-alta: 3,30%
Renda alta: 3,02%
Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses, a classe de renda muito baixa é novamente a mais impactada, enquanto a classe de renda alta é a menos atingida.
Eis as variações:
Renda muito baixa: 8,91%
Renda baixa: 8,73%%
Renda média-baixa: 8,59%
Renda média: 7,94%
Renda média-alta: 7,06%
Renda alta: 6,33%
Como o preço do gás é um dos de maior impacto no bolso, veja algumas dicas para economizar gás na cozinha e, assim, dar uma folga para seu orçamento.
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