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Mesmo assim, levantamento do Ipea mostrou que a alta dos preços para as famílias de renda muito baixa foi a maior
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16.02.2022
controle
seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
A inflação em janeiro de 2022 desacelerou para as famílias de todas as faixas de renda, em relação ao mês anterior, dezembro de 2021. Foi isso o que mostrou o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Por outro lado, o levantamento mostrou que as famílias de renda alta registraram a menor taxa de inflação no período (0,34%) enquanto as famílias com renda muito baixa tiveram sentiram a maior alta dos preços: 0,63%.
“Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta da inflação para todas as faixas, sendo que o impacto foi maior para classe de renda mais baixa, cuja inflação em janeiro deste ano (0,63%) foi o triplo da apontada em janeiro de 2021 (0,21%)”, disse num comunicado a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Lameiras, autora do indicador mensal.
Em dezembro, a inflação já tinha desacelerado para todas as faixas de renda. A única exceção foi para as famílias com renda mais baixa, cujo aumento dos preços foi superior ao mês anterior, novembro.
Veja, desta vez, como foi a alta dos preços em dezembro e janeiro, conforme cada faixa de renda:
Os dados acima ainda mostram que, quanto maior é a faixa de renda, menor foi o impacto da inflação em janeiro. Exceto pela faixa alta, que ficou pouco acima de quem tem renda média-alta e média desta vez.
Os números no acumulado em 12 meses também indicam uma pressão maior para quem ganha menos, enquanto as famílias com maior renda têm aumentos mais contidos dos preços.
As famílias de renda média baixa tiveram a maior alta inflacionária (10,8%) nos 12 meses terminados em 2022, um pouco superior à registrada pela faixa de renda muito baixa (10,5%).
Veja abaixo a inflação por faixa de renda no acumulado de 12 meses em janeiro de 2022:
O Ipea apontou que, apesar do grupo alimentos e bebidas ser o principal foco da inflação para todas as classes, o impacto segue mais intenso para as famílias da faixa muito baixa.
Houve queda nos preços da energia (-1,1%), do gás de botijão (-0,73%) e da gasolina (-1,1%).
No entanto, os reajustes dos aluguéis (1,5%) e das tarifas de ônibus urbano (0,22%), intermunicipal (0,56%) e interestadual (1,6%) atingiram as famílias de menor renda, nos grupos de habitação e transporte.
No caso das famílias da faixa mais alta, o aumento dos serviços de recreação, como pacote turístico (2,7%), hospedagem (2,0%) e cinema (1,9%) foram os principais responsáveis pelas despesas pessoais.
Por outro lado, a queda dos preços dos combustíveis –gasolina (-1,1%) e etanol (-2,8%)–, das passagens aéreas (-18,4%) e do transporte por aplicativo (-18%) fez com que o grupo transportes trouxesse alívio inflacionário para esta faixa de renda.
Essa redução no valor dos combustíveis tem sido apontada nos levantamentos semanais da ANP Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Saiba os valores.
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