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Aumento dos custos é apontado por donos de pequenos negócios como grande vilão, segundo pesquisa
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10.06.2022
controle
seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
Se fosse há 1 ano, a resposta dos empreendedores seria diferente, de maneira geral. A pandemia era então a grande vilã, porém, hoje, a maioria se preocupa mais com o aumento de preços.
É o que mostram os dados da 14ª edição da pesquisa “Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios”, que vem sendo realizada pelo Sebrae e pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) desde o início da crise sanitária, em 2020.
Os números são relativos às micro e pequenas empresas. Eles mostram ainda que, apesar da preocupação ter virado outra, quase 60% deles ainda registram faturamento 23% menor, em média, quando há a comparação com o período anterior ao coronavírus.
O impacto é ainda maior se forem considerados apenas os microempreendedores individuais. Isso porque 62% ainda registram queda de faturamento (-29% em média).
O maior risco aos negócios atualmente, de acordo com os empreendedores, é o aumento de custos. Ao todo, 50% dos entrevistados assinalaram essa preocupação.
Em seguida, os empresários destacaram a falta de clientes (21%). E, em terceiro lugar, as dívidas com empréstimos, problema para 11%. A pandemia agora é um entrave para apenas 3%.
O levantamento também aponta que os setores com as maiores perdas de faturamento são: beleza, artesanato, economia criativa, turismo e moda, com quedas no faturamento que variam de 29% a 34%.
Presidente do Sebrae, Carlos Melles ressaltou, em comunicado, o lado positivo da pesquisa: nenhum segmento da economia registrou piora em 2022. O que ocorre é que os segmentos “só” não atingiram ainda o patamar pré-pandêmico.
No entanto, Melles também afirmou que o cenário atual inspira a necessidade de ter cuidado e monitorar os empreendimentos.
“É fundamental continuar apoiando esses empreendedores com políticas de crédito e com a possibilidade de renegociação de dívidas, tanto de empréstimos, quanto de impostos e fornecedores”, disse.
Ainda de acordo com Melles, a inflação atingiu as pequenas empresas, em especial os MEIs, que começavam a se recuperar dos impactos da pandemia.
Em maio, no entanto, a inflação mostrou desaceleração em relação aos recordes estabelecidos nos meses anteriores. A alta dos preços foi de 0,47%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Uma outra pesquisa do Sebrae já tinha mostrado que os empreendedores deveriam se preparar para os impactos causados pela alta dos combustíveis.
Isso mesmo: o aumento de preço desses itens impacta, e muito, os consumidores em geral. Mas também atinge em cheio os donos de negócios.
Ao todo, 63% dos microempreendedores individuais (MEI) e 61% das micro e pequenas empresas (MPE) citam essa despesa. Somando isso ao gás e à energia elétrica, os valores sobem para 76% e 77%, respectivamente.
A preocupação com a escalada do valor dos combustíveis também deve estar no radar de comerciantes que vendem pela internet, principalmente os empreendedores com modelo 100% de e-commerce.
Isso porque o valor dos combustíveis reflete também nos custos dos fretes, que costumam ser pagos à parte pelo consumidor. Um maior preço pode reduzir o interesse de quem compra.
Seja você um consumidor ou dono de um negócio, saber como economizar com gasolina é sempre valioso. Veja algumas dicas aqui.
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