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Os brasileiros têm ficado cada vez mais endividados. Não é para menos: em um cenário de crise econômica, prolongada pela pandemia de Covid-19, muitos precisaram contrair dívidas para manter o consumo, segurar um pequeno negócio em pé ou mesmo para quitar empréstimos mais antigos e, assim, poder sair da lista de negativados.

Essa é uma situação que infelizmente ainda deve continuar por algum tempo.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) radiografa essa situação a cada mês. Em abril, no último relatório divulgado, oito em cada dez famílias estavam endividadas pelo país. 

Pior do que isso, um terço delas estava em situação de inadimplência, ou seja, com boletos atrasados. Foi um recorde para a entidade desde que ela começou a fazer a pesquisa, no começo de 2010. Na imensa maioria dos casos, a dívida das pessoas é com o cartão de crédito. 

Não é para menos: além da facilidade em utilizá-lo, trata-se da alternativa mais rápida dos lares para tapar os buracos que surgem no orçamento doméstico ao longo do mês.

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O cartão permite, por exemplo, seguir consumindo mesmo se os rendimentos acabarem antes do dia 30. Da mesma forma, ele é fundamental para restabelecer, momentaneamente, o fluxo de caixa de um empreendimento pequeno envolto à crise econômica do país.

Essa realidade explica, em parte, o porquê de o cartão ser a modalidade mais comum entre Microempreendedores Individuais (MEIs).

COMO MEIS SE RELACIONAM COM AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

 

Os MEIs representam 70% das empresas ativas no país, de acordo com a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, vinculada ao Ministério da Economia. No geral, trata-se mesmo de uma única pessoa – o empreendedor que faz o registo de Pessoa Jurídica (PJ) para trabalhar por conta própria ou tocar um negócio pequeno sozinho.

Há um volume muito grande de empreendedores usando o rotativo do cartão de crédito (gráfico 1). Ele é aberto sempre que você não paga o valor integral da fatura. O juros para pagar esse valor restante pode chegar a mais de 300% ao ano, tornando as dívidas quase impossíveis de serem quitadas

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Quando os MEIs buscam empréstimos para seus negócios, as linhas procuradas são de longo prazo, como capital de giro, microcrédito produtivo e outros meios de financiamento. 

Isso acontece porque eles perceberam que, como Pessoas Jurídicas, encontram condições mais atraentes no sistema: juros mais baixos, prazos maiores de pagamento e até maior quantidade de crédito (gráfico 1). 

 

Para pequenos empreendedores é importante entender como está a saúde do seu negócio e, caso seja necessário tomar um empréstimo, seja para conseguir fechar o mês ou para realizar um investimento, procurar opções com taxas menores.

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O cartão de crédito, quando usado somente “à vista” (pagando o valor integral da fatura no mês seguinte), é uma opção saudável. 

Microcrédito produtivo e outras modalidades direcionadas a bens específicos (imóveis ou automóveis) também costumam ter custos menores, o que ajudará seu negócio a manter-se saudável mesmo em momentos de crise.

LinkedIn: Breno Herman Mendes Barlach

Instagram: @planocde

*Esse artigo é de autoria do colunista Breno Barlach e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.