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21.03.2022
PorRedacao | Millena PAN
Sempre que os jornais divulgam algum reajuste na taxa de juros do país, é comum que muitas pessoas fiquem com dúvida sobre o impacto disso no seu dia a dia. Em nossos estudos com a população brasileira, vemos inclusive que há uma confusão da taxa Selic com cobrança dos seus serviços bancários, como o custo de manutenção da conta corrente, por exemplo.
Essas dúvidas são ainda mais sérias em um ano como 2021, quando os juros da taxa Selic foram de 2% e terminaram em 9,25% ao ano (a.a).
Essa relação, porém, não existe desta forma, e por um motivo simples: a taxa de juros do país, chamada de Selic, não influencia nas tarifas que os bancos cobram dos seus clientes, embora tenha impacto sobre cobranças de muitos produtos financeiros, como empréstimos, financiamentos imobiliários e no rotativo do cartão de crédito, por exemplo.
É por isso que a Selic não deixa de ser muito importante para a saúde financeira das famílias, tanto quanto os custos dos serviços bancários ajudam na escolha do melhor banco para se ter uma conta.
Oito vezes por ano (ou a cada 45 dias), o Comitê de Política Monetária (Copom) se encontra para discutir a taxa básica de juros da economia brasileira.
Ele toma essa decisão a partir de uma análise sobre os gastos do governo, o cenário internacional e, principalmente, o comportamento dos preços.
Na última vez em que o Copom se encontrou, em março deste ano, a Selic subiu para 11,75% ao ano.
Na prática, a taxa Selic determina os juros que o governo pagará dali em diante pelos empréstimos que o governo toma dos bancos e outras instituições financeiras.
Essa taxa é o custo que os bancos pagam para pegar dinheiro emprestado entre eles. Quando a Selic sobe, os bancos têm mais dificuldade de pegar dinheiro emprestado, e repassam esse aumento para os seus clientes.
Se os juros para os clientes ficam mais caros, menos gente pega empréstimos e isso ajuda a segurar a inflação.
A medida funciona porque, com juros mais altos, a tendência é que as pessoas peçam menos empréstimos, parcelem menos compras ou deixem de fazer dívidas. Então, os bancos recebem menos dinheiro e, da mesma forma, as empresas que ofertam produtos e/ou serviços vendem menos.
Como forma de atrair novamente os consumidores, eles tendem a baixar seus preços ou represar reajustes. No fim, todo mundo é impactado de alguma forma.
Ao contrário, quando os preços estão mais controlados, a tendência é que a Selic também caia, como forma de estimular as pessoas a consumirem os produtos e serviços da economia.
Qualquer mudança na taxa Selic tem impacto imediato também nos rendimentos da poupança, assim como nos juros cobrados em financiamentos de automóveis e imóveis, empréstimos pessoais e no rotativo do cartão de crédito.
Esses são serviços oferecidos pelos bancos, mas que, da mesma forma, são influenciados pelas variações da Selic.
LinkedIn: Breno Herman Mendes Barlach
Instagram: @planocde
*Esse artigo é de autoria do colunista Breno Barlach e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.
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