O que você vai ler neste artigo:
IPTU, IPVA, anuidade do conselho profissional, matricula da faculdade ou escola, lista de materiais escolares e ainda a fatura do cartão de crédito muito maior que o habitual por causa das compras de final de ano e/ou férias inesquecíveis (leia aqui no blog Amigo do Dinheiro o artigo Dicas para ter férias verdadeiramente inesquecíveis).
Primeiro de tudo é preciso calma... respire! O ideal seria ter pensado antes, planejado. Contudo, não se desespere.... Nunca é tarde para correr atrás do prejuízo e buscar uma alternativa de emergência e, posteriormente, uma forma de reconstrução de nova relação com seu dinheiro.
As dicas agora serão para “apagar incêndio”. Entretanto, se você também está disposto a melhorar sua relação com o dinheiro que significa também qualidade de vida e conquistar uma vida financeira saudável, indico a você ler meus artigos anteriores aqui no Blog Amigo do Dinheiro, que têm justamente a finalidade de ajudar você a mudar a visão e consequentemente a relação que possui com seu dinheiro.
Primeiro de tudo é saber qual é sua situação atual. O tamanho do problema a enfrentar. Use a planilha, o aplicativo, o bloco de notas do celular ou o caderninho. Faça como preferir e se sentir melhor. O importante é entender o total de despesas que você tem a pagar no mês, separando as contas fixas (de todos os meses) das contas de início de ano.
Fazer este levantamento agora, além de ser útil para este momento, já vai ajudar para que no próximo ano você não repita o mesmo erro de não se planejar.
Realizado o mapeamento das contas, o segundo passo é entender o quanto de dinheiro você tem disponível para realizar o pagamento desses boletos.
Se você fez a análise e diagnosticou que possui recurso suficiente... Parabéns! Entretanto, não é o que ocorre com a maioria dos brasileiros. Se este é o seu caso... vamos adiante.
Se você diagnosticou que tem mais boletos do que dinheiro disponível, nem pense em pagar tudo usando o limite da conta corrente ou o rotativo do cartão de crédito.
Esses dois representam verdadeiras armadilhas financeiras, pois são empréstimos disfarçados. Utilizá-los é tentador. Prático, rápido e fácil, pois já estão disponíveis, mas nunca é uma boa opção. Ao usar o limite da conta, você está pagando mais de 200% ao ano de juros e no rotativo do cartão de crédito, mais de 300% ao ano.
3. PRIORIZAR
Em caso de dinheiro insuficiente para pagar todos os boletos, priorize os gastos habituais e essenciais como alimentação e os pagamentos das contas essenciais como água, luz, internet, telefone e aluguel. Das contas de início do ano, priorize a matrícula de faculdade ou escola e lista de materiais, se for o seu caso.
Se ainda faltar dinheiro considere atrasar o boleto com menor taxa de juros. Mas fique de olho nas restrições... No caso do IPVA, observe a data limite para pagamento para que você não tenha impedimento ao circular com seu veículo. O mesmo vale para registro profissional.
Conhecimento é poder! Conhecer os prazos limites, possíveis restrições e observar a taxa de juros cobrada são hábitos que devemos criar. São atitudes de muita inteligência financeira.
4. NEGOCIAR
Saber negociar é uma competência poderosa e muito estratégica. As instituições em geral não estão acostumadas com clientes que sabem negociar. Então, quem possui esta competência se diferencia. Se você não possui, busque desenvolvê-la. Há vários cursos ofertados gratuitamente.
Não seja arrogante em hipótese alguma, apenas demonstre que você possui conhecimento. Estude previamente sua dívida, verifique a taxa de juros praticada e proponha uma negociação que caiba no seu bolso.
Em caso de uma contraproposta, novamente analise as taxas de juros e as condições em geral e conforme o resultado da análise, considere empréstimo pessoal ou consignado (com desconto em folha) com juros baixos. Em média esta modalidade de empréstimo possui taxa de juros de 27% ao ano.
Por fim, para decidir se é mais vantajoso negociar direto ou fazer um empréstimo e quitar a dívida à vista, compare a taxas de juros do empréstimo com a da contraproposta.
Se a opção for realmente o empréstimo, é essencial entender duas coisas essenciais antes de fazê-lo:
I. Você precisa pagar todas suas contas em atraso com o valor do empréstimo;
II. As parcelas do empréstimo precisam caber no seu orçamento mensal
Aqui a ideia é trocar uma dívida cara por outra mais barata. Por isso, se você não fizer as observações corretas estará trocando seis por meia dúzia, ou ainda pior e mais perigoso, estará sob o efeito “bola de neve” que é fazer um empréstimo para pagar dívidas atrasadas, depois fazer outro empréstimo para pagar o empréstimo anterior e assim sucessivamente. Cuidado! Fuja deste ciclo vicioso.
Meu propósito é justamente ajudar as pessoas. Juntos vamos lá e PAN! Me siga nas redes sociais e me chame se precisar de ajuda para mudar sua relação financeira.
Até o próximo artigo…
Dirlene Silva
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*Esse artigo é de autoria da colunista Dirlene Silva e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.
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