O que você vai ler neste artigo:

Você fica confuso quando falam sobre orçamento ou planejamento financeiro? Sabe qual a diferença e similaridade entre eles? Ou então, acredita que ambos significam a mesma coisa? Nesse artigo vamos falar sobre isso. 

Os conceitos de orçamento e planejamento financeiro são normalmente utilizados como sinônimos. Entretanto, embora tenham finalidades semelhantes, eles não têm o mesmo significado. São coisas interligadas, mas distintas. Para fazer um planejamento financeiro é preciso antes de tudo ter um orçamento. Logo, o planejamento financeiro é algo bem maior que o orçamento, mas depende desse.

O orçamento apresenta as estimativas das entradas e saídas de dinheiro em um determinado período, geralmente um mês. Já o planejamento financeiro tem como base o orçamento do mês e mais seus objetivos e metas de curto, médio e longo prazo. 

A finalidade principal do planejamento financeiro é projetar seu futuro financeiro. Então, o planejamento financeiro vai incluir além do seu orçamento mensal, seus sonhos, objetivos e metas, como gastos com viagens, lazer, festas, shows, compras etc. Afinal, quem disse que para ter uma vida financeira organizada e saudável é preciso parar de comprar?

A diferença é que você vai agir de maneira mais inteligente com suas finanças, priorizando suas compras e planejando antes de comprar. Obviamente, o planejamento financeiro vai contemplar também sua reserva de emergência e investimentos.

Pontuadas as sutis diferenças entre orçamento e planejamento financeiro, é hora de transformar conhecimento em sabedoria, pois conhecimento só tem sentido quando colocado em prática!

Então, vamos praticar?

TRÊS PASSOS PARA FAZER UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO

  1. O primeiro passo para a prática é ter autoconhecimento financeiro que é o reconhecimento de suas capacidades financeiras. Se você ainda tem dúvida a respeito, faça o exercício de autoconhecimento financeiro proposto no artigo 4 passos para uma vida financeira organizada. Depois de você saber seu recebimento líquido (valor creditado na conta), seus gastos fixos e variáveis, tendo-os separado por essenciais e supérfluos e apurar seu saldo no final do mês, verificando se ficou negativo, neutro ou positivo, você deve iniciar seu orçamento.
  2. O segundo passo é não confiar na memória, por melhor que seja a sua e adotar um método para controle do orçamento. As pessoas são diferentes e devem se sentir à vontade. Então, é imprescindível que você opte pelo sistema que mais lhe agrade e se ajuste à sua realidade. Pode ser o tradicional caderninho, a planilha excel ou um software de controle de gastos. O método pouco importa, o que vale mesmo é o resultado.
  3. O terceiro passo é adquirir consciência da importância do autogerenciamento. Pense que a nossa vida financeira deve ser gerida como se estivéssemos em uma empresa. Em uma empresa, tudo é controlado e medido para ser gerenciado. Por isso, nós precisamos nos gerir como se fosse uma empresa.

ORÇAMENTO X DESPESAS 

Feita a opção pelo método que mais lhe convém, separe o orçamento por colunas ou blocos de receita (entradas de dinheiro) e despesas (saídas de dinheiro). A receita será seu salário, pró-labore (salário do empreendedor), pensões, restituição de imposto de renda, férias etc. Enfim, todo o dinheiro que entrar. 

Já as despesas serão seus gastos com alimentação, moradia, transporte, roupas, lazer etc e devem ser separadas por fixos e variáveis e essenciais e supérfluos.

Além disso, é essencial, principalmente quando se faz um orçamento pela primeira vez, fazer a comparação do previsto e realizado para assim ajustar os gastos eventuais que foram esquecidos no previsto.

Como estamos iniciando o cultivo de bons hábitos, também é interessante criar a rotina de anotar diariamente seus gastos, dos mais simples aos mais sofisticados.

Chamo a atenção da necessidade de ter em mente que cartão de crédito é apenas um meio de pagamento, ou seja, tudo o que for pago com ele deve estar em seu orçamento e ser anotado de forma detalhada. Por exemplo: se você comprou neste mês, a fatura do cartão será paga somente no mês seguinte. Anote no orçamento do mês seguinte. As compras parceladas devem ser contempladas nos orçamentos seguintes. Para mais orientações sobre gestão do cartão de crédito, leia o artigo Cartão de crédito: como torná-lo um aliado.

A partir do primeiro orçamento concluído, faça as observações e anotações das diferenças entre previsto e realizado, sendo que o ideal é, no mínimo, três meses de observações e ajustes para iniciar um planejamento financeiro. Então, faça seu planejamento financeiro projetando seu orçamento pelo período de um a cinco anos, incluindo seus projetos e sonhos. 

Chamo isso de monetizar, atribuir valor a seus sonhos. Assim, você estará transformando seus sonhos em objetivos, fracionando-os em metas e priorizando seu consumo para atingir suas metas e, consequentemente, seus objetivos e sonhos. Como diz Augusto Cury “Sem sonhos a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces, e sem prioridades, os sonhos não se realizam”.

Por fim, lembro que se você precisar de ajuda para iniciar seu orçamento e planejamento financeiro ou entender melhor suas finanças, eu e o conteúdo do Blog Amigo do Dinheiro estamos aqui para ajudar! 

 

LinkedIn - Dirlene Silva

Instagram - @dirlene.economista

 

*Este artigo é de autoria da colunista Dirlene Silva e não reflete, necessariamente, a opinião do Banco PAN.