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O valor cobrado incomoda muitos motoristas por ser mais um custo, além de gastos como com o combustível, mas existem motivos para a tarifa existir e quem paga também tem direitos.
Saiba o que é, por que é necessário pagar o pedágio e como funciona o cálculo nas estradas.
O pedágio é um direito de passagem que é pago por um veículo para se deslocar para outra região. As cabines para a cobrança que, geralmente, é feita somente por dinheiro ficam em estradas ou rodovias, concentradas principalmente nas vias interestaduais, ou seja, que ligam um estado ao outro.
A tarifa é uma forma de arrecadação de recursos e diferente do que muitas pessoas podem pensar o valor não é destinado aos cofres públicos para o governo gastar como quiser.
Isso porque grande parte dos pedágios não são administrados pelo poder público e o dinheiro arrecadado é destinado à manutenção das estradas.
As empresas privadas que têm concessão para administrar as vias também são obrigadas a oferecerem serviços como atendimento médico emergencial, guincho, segurança no tráfego e a disponibilização de telefones para ligações de emergência.
O pagamento de pedágio é necessário para a manutenção das estradas, que apesar de gerar muitos gastos não é considerada fundamental pelo governo federal e os governos estaduais.
A administração pública prioriza investimentos de recursos em áreas como saúde e educação, por isso transfere a responsabilidade da manutenção das vias estaduais para a iniciativa privada.
A manutenção das estradas em dia é fundamental para a qualidade do deslocamento dos veículos e a prevenção de acidentes.
Segundo a pesquisa Custos Logísticos do Brasil, da Fundação Dom Cabral, as rodovias são responsáveis por 75% do transporte de cargas no país.
Os desgastes das estradas deixam o custo operacional do transporte de cargas pelo menos 23,5% mais caro no Sudeste e aumentam a necessidade de manutenção do veículo.
O pavimento em mau estado de conservação eleva o risco de acidente, torna o deslocamento mais demorado e faz o motorista gastar até 5% mais combustível, de acordo com a mesma pesquisa.
Como as empresas que vencem as licitações para administrar as vias têm os custos com a manutenção e os serviços prestados aos cidadãos, o pedágio é a maneira encontrada de arcar com esses gastos.
Cada pedágio é calculado com base na tarifa quilométrica, que corresponde a um valor fixo por quilômetro multiplicado pelo trecho de cobertura administrada pela concessionária.
Para a cobrança da tarifa, o cálculo é dividido em 3 categorias:
Algumas concessionárias isentam o pagamento das tarifas para motos e cobram a metade do valor para carros de passeio.
Veículos como ambulâncias em serviço, carros de polícia rodoviária e de outras autoridades são isentos de cobranças.
No estado de São Paulo, por exemplo, os pedágios mais caros são do Sistema Anchieta-Imigrantes, com um custo de R$ 27,40.
Para calcular o valor da tarifa em uma rota específica dentro do estado paulista, no site da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) é possível baixar uma tabela de tarifas de pedágio completa.
A tecnologia tornou mais fácil economizar nos gastos com pedágio, uma vez que é possível consultar rotas alternativas em aplicativos de mapa e transporte.
No Google Maps, você pode introduzir o seu início e término de destino, clicar em “Mostrar Opções” ou “Opções de Condução” e escolher por “Excluir Estradas com Pedágios”.
Os sistemas de GPS mais modernos para carro também é possível consultar rotas de programas baseados em evitar estradas com pedágios.
Outra forma de economizar é através de sistemas de pagamento eletrônico de pedágio, como um cartão pré-pago para viagens. O preço costuma ser o mesmo cobrado nas cabines, mas possibilita economia de tempo ao evitar as filas.
Fique atento, pois ao buscar rotas alternativas para evitar cabines de pedágio, o trajeto pode ser maior e você acaba gastando mais em combustível.
Outro ponto de atenção é que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina multa no valor de R$ 195,23 caso o pedágio não seja pago. A evasão da tarifa é considerada uma infração grave e pode acarretar em perda de pontos na carteira.
Caso o motorista não tenha dinheiro em espécie ao passar pela cabine de cobrança, há concessionárias que oferecem alternativas como o pagamento via boleto bancário.
Nessa situação, o motorista preenche um formulário e tem o CPF consultado na hora. O boleto é impresso e o prazo para o pagamento é de até 72 horas.
Quando o assunto é se preparar para pegar estrada, fica evidente a importância da prevenção de gastos imprevistos. Aproveite para saber como funciona o seguro de carro e quais são os tipos de cobertura.
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