O que você vai ler neste artigo:
Se você está pensando em transferir sua reserva da poupança, é provável que tenha pensado primeiro no Certificado de Depósito Bancário (CDB). Os CDBs são uma opção para aqueles que buscam segurança e retornos estáveis no mercado de renda fixa.
Amplamente acessíveis, desde os grandes bancos até as fintechs, os CDBs oferecem retornos vinculados à Taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e são respaldados pelo Fundo Garantidor de Crédito, o que os torna atrativos.
Porém, para aproveitar ao máximo essa ferramenta e compreender onde seus recursos estão sendo alocados, este artigo vai apresentar informações essenciais sobre esse tipo de investimento.
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma forma de investimento em renda fixa. Funciona essencialmente como um empréstimo que você faz para uma instituição financeira. Em troca, essa instituição paga juros sobre o valor emprestado.
Quando você pede um empréstimo ao banco ele fornece o dinheiro e você precisa devolvê-lo com uma taxa de juros. Certo? No caso do CDB, a situação é invertida, você empresta dinheiro para o banco, ao adquirir o título o banco reembolsará o valor emprestado acrescido dos juros como forma de agradecimento pelo empréstimo.
Basicamente, o CDB representa uma obrigação que o banco assume com o investidor para obter fundos financeiros. Investir em CDB significa, em essência, emprestar dinheiro ao banco e receber juros em troca, invertendo a dinâmica convencional.
O investidor procura uma instituição financeira que ofereça essa modalidade de aplicação e adquire o CDB, que garante um retorno específico em juros dentro de um prazo determinado.
O banco emissor do título utiliza os fundos recebidos para suas operações, como por exemplo um empréstimo a outros clientes, gerando lucro por meio dos juros cobrados. Dessa forma, o CDB começa a render juros para o investidor, similar ao que ocorre em qualquer empréstimo, onde há incidência de juros.
Ao término do prazo estipulado, conhecido como data de vencimento, o banco reembolsará o valor investido, acrescido dos rendimentos provenientes dos juros. Quando alguém compra um CDB, o valor permanece investido nessa modalidade e gera juros enquanto é aplicado.
No vencimento, o investidor recebe de volta o montante investido mais os rendimentos gerados pelo CDB. Existem opções de CDB com liquidez diária, que permitem o resgate a qualquer momento.
No entanto, é importante observar as condições de cada oferta, pois algumas podem exigir um prazo mínimo de aplicação antes do resgate, que pode variar de 1 a 5 anos. Ao decidir investir, é recomendável verificar qual tipo de CDB se adequa melhor às suas necessidades financeiras.
Quanto à maneira como recebem remuneração, os títulos de renda fixa são divididos em três categorias distintas. Essas categorias são:
Um título pré-fixado é aquele em que a taxa de retorno é determinada previamente. São os CDBs que declaram pagar, por exemplo, 10% ao ano. Sempre que a taxa é expressa em porcentagem, sem qualquer referência a índices, trata-se de um título pré-fixado.
Os pré-fixados são uma escolha sólida em renda fixa em duas situações: primeiro, quando se conhece exatamente o montante necessário. Por exemplo, para adquirir um carro ou financiar uma festa de casamento.
A segunda situação é quando se prevê uma queda nos índices. Suponha que a taxa Selic esteja elevada e a inflação (IPCA) comece a declinar. É provável que o Banco Central reduza gradualmente a taxa Selic ao longo do tempo. Antecipando esse cenário, optar por uma taxa de retorno fixa pode ser vantajoso.
Aqui, a dinâmica é oposta à dos pré-fixados. As rentabilidades estão sempre vinculadas a um índice, geralmente o CDI. Enquanto os CDBs pré-fixados indicam o montante a ser recebido, os pós-fixados oferecem um percentual dessa taxa.
Você verá as rentabilidades expressas como "120% do CDI" ou "97,5% do CDI". Os CDBs geralmente oferecem mais de 100% do CDI. No caso, o CDI varia conforme a Selic, que é definida Comitê de Política Monetária (Copom), se mantendo, geralmente, 0,10% abaixo da taxa.
Por isso, os títulos pós-fixados são recomendados em momentos de baixa na taxa Selic - como é improvável que fiquem piores do que estão, a tendência é de aumento, o que pode aumentar sua previsão de rentabilidade a longo prazo.
Os CDBs híbridos representam uma combinação dos dois tipos anteriores, oferecendo o melhor - ou o pior - dos dois mundos. Eles geralmente apresentam uma gama mais ampla de índices vinculados do que os pós-fixados, incluindo índices de inflação como o IPCA, por exemplo.
A proposta desses títulos é proporcionar ao investidor os movimentos do índice, além de um bônus. Portanto, os CDBs híbridos terão taxas como IPCA +3% ao ano, CDI +1,2% ao ano, entre outras. Eles oferecem ganhos reais em relação à inflação ou garantias em relação ao CDI.
Devido à capacidade de se vincular ao IPCA, esses CDBs são frequentemente utilizados para proteger o patrimônio. Ao oferecer um ganho real em termos de poder de compra, eles são considerados boas reservas para emergências e para aposentadoria.
Quando pensados a longo prazo, esses títulos proporcionam retornos que podem competir com alguns investimentos de renda variável.
Sim, eles estão presentes. Um deles é o Imposto de Renda, que é aplicado de acordo com o período em que o dinheiro permanece investido. O governo estabelece as taxas da seguinte maneira, sempre com base nos ganhos da aplicação:
Se o dinheiro permanecer investido por até 180 dias, uma alíquota de 22,5% é cobrada;
Para investimentos de 181 a 360 dias, a alíquota é de 20%;
Já para períodos de 361 a 720 dias, a alíquota é de 17,5%;
Acima de 720 dias, a alíquota é de 15%.
Outro imposto que incide sobre o CDB é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), porém, ele só é aplicado se você retirar o dinheiro do CDB antes de completar 30 dias de aplicação.
A alíquota do IOF diminui conforme os dias em que o dinheiro permanece no CDB aumentam. Inicialmente, é de 96% dos rendimentos se o dinheiro for retirado um dia após a aplicação, e vai diminuindo até atingir 3% se o valor for resgatado após 29 dias a partir da aplicação.
Agora que você compreende o que é o CDB, pode explorar ainda mais o mundo dos investimentos. Simule e comece a investir no PAN!
O investimento em CDB, embora não tão popular quanto a poupança, desempenha um papel significativo em nosso mercado financeiro. Como qualquer outro investimento, possui suas próprias vantagens e desvantagens. Aqui estão algumas delas:
Segurança: O CDB é respaldado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), tornando-o tão seguro quanto a poupança.
Ausência de custos: Ao contrário de outras aplicações, não há taxas cobradas do investidor pela corretora ou banco ao adquirir um título.
Liquidez: Alguns CDBs oferecem liquidez diária, permitindo que o investidor resgate seu dinheiro a qualquer momento, se necessário.
Rentabilidade: Em geral, a rentabilidade do CDB é superior à da poupança, especialmente em períodos de juros mais altos.
Diversidade: Existem diversos tipos de CDBs disponíveis, com diferentes prazos, valores e rentabilidades, permitindo ao investidor diversificar sua estratégia.
Impostos: Os impostos cobrado sobre os rendimentos do CDB podem reduzir significativamente os ganhos, especialmente em resgates a curto prazo.
Valor mínimo do título: Alguns CDBs exigem um valor mínimo de investimento, o que pode representar uma barreira para alguns investidores.
Risco de falência da instituição financeira: Em caso de falência do emissor do CDB, o investidor pode perder seu investimento, sendo necessário acionar o FGC para recuperar o dinheiro, desde que nas condições aplicáveis.
Embora o CDB seja uma opção de investimento popular, é importante considerar cuidadosamente suas vantagens e desvantagens antes de investir.
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