O que você vai ler neste artigo:
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) tem se tornado uma opção cada vez mais popular entre os investidores brasileiros. Se você está buscando uma forma segura e lucrativa de aplicar seu dinheiro, entender LCA, o que é e como funciona pode ser a chave para diversificar sua carteira de investimentos.
Mas você entende bem esses investimentos? Sabe se são adequados para seu perfil? Conhece os riscos e o potencial de retorno envolvidos? Este guia, elaborado pelo PAN, busca esclarecer essas e outras questões. Ao finalizar a leitura, você estará pronto para investir nas letras de crédito ou escolher outro investimento que melhor atenda às suas necessidades específicas.
A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um título de crédito emitido por instituições financeiras, que tem como objetivo financiar o setor agrícola. Esses títulos são lastreados em direitos creditórios originados de negócios entre produtores rurais e seus compradores ou fornecedores.
As LCAs são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que as torna ainda mais atrativas para os investidores. Isso significa que os rendimentos obtidos com esse tipo de investimento não são tributados, aumentando a rentabilidade líquida.
Ao investir em uma LCA, você está emprestando dinheiro para o setor agrícola, ajudando a financiar a produção rural no Brasil. Em troca, você recebe juros sobre o valor investido, que podem ser pagos no vencimento do título ou periodicamente, dependendo das condições do contrato.
Por isso, muitas instituições conseguem oferecer vantagens específicas para produtores rurais que desejam investir em seus negócios. Esse título é de renda fixa, o que significa que o investidor terá uma estimativa de seu rendimento antes de aplicar, além de informações sobre liquidez, prazos e garantias da LCA.
As Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) seguem uma lógica similar de remuneração para os investidores. Esses títulos podem ser prefixados, pós-fixados ou atrelados à inflação. As estruturas mais comuns são:
O investidor recebe uma taxa de juros fixa no momento da aplicação, como 5% ou 7% ao ano, permitindo calcular exatamente a remuneração em reais até o vencimento do título.
Nesse caso, o investidor sabe de antemão qual indicador será usado como referência para a remuneração da LCI ou LCA, geralmente a taxa do CDI. O retorno da aplicação seguirá as variações deste indicador, podendo ser maior ou menor conforme ele oscile.
Normalmente, o retorno é apresentado como um percentual do CDI, por exemplo, 90% do CDI ao ano, o que significa que o investidor ganhará 90% do que o CDI render em um ano. Outra forma comum de remuneração é o "CDI mais spread", onde uma LCI pode pagar CDI mais 1% ou 2% ao ano.
Nesses títulos, a remuneração combina uma parte prefixada e outra pós-fixada. Os exemplos mais comuns são aqueles que oferecem uma taxa de juros fixa (como 4% ou 5% ao ano) mais a variação da inflação, medida pelo IPCA ou pelo IGP-M.
A escolha entre essas opções depende de diversos fatores relacionados às características e objetivos de cada investidor. Para aqueles que desejam preservar o poder de compra do dinheiro no longo prazo, as letras atreladas à inflação podem ser uma escolha interessante.
Já para quem prefere estabilidade e evitar surpresas no valor do investimento ao longo do tempo, os papeis pós-fixados são geralmente os mais conservadores e estáveis.
As LCIs e LCAs, em média, são investimentos com menor liquidez em comparação a outros produtos de renda fixa. Isso significa que é mais difícil transformar esses papéis em dinheiro novamente, ou seja, resgatar os recursos, do que em títulos públicos ou CDBs.
Em resumo, não é possível sacar a qualquer momento. Para quem está interessado nas letras, o primeiro ponto de atenção é o prazo de carência. As LCIs e LCAs precisam seguir um período mínimo de investimento, conforme regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse período de carência varia de acordo com o tipo de remuneração oferecida pelos papeis.
A Resolução CMN nº 5.519, de 01/02/2024, alterou a carência mínima das letras de crédito, que antes era de 90 dias. Agora, o prazo mínimo para resgate das LCIs é de 12 meses, e das LCAs, de 9 meses.
Além do prazo de carência, os investidores devem considerar a possibilidade de resgatar as letras antes do vencimento. Existem LCIs e LCAs com liquidez diária após o período mínimo de aplicação. Nessas situações, o resgate pode ser feito a qualquer momento a partir de então. Contudo, há também letras que só permitem o resgate na data de vencimento do papel, que geralmente varia de um a três anos.
Para investir em LCA, você precisa abrir uma conta em uma instituição financeira que ofereça esse produto, como. O processo geralmente é simples e pode ser feito de forma totalmente digital.
Passo a passo para investir em LCA:
Investir em LCA pode ser uma excelente escolha, dependendo dos seus objetivos e do seu perfil de investidor.
A LCA oferece algumas vantagens em relação a outros investimentos, como a isenção de Imposto de Renda e a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). O FGC assegura até R$250 mil por CPF e por instituição financeira, em caso de falência.
Dessa forma, investimentos garantidos pelo FGC são uma ótima opção para quem tem receio de sair da poupança, mas busca maior rentabilidade. É importante lembrar que quase todas as LCAs são garantidas pelo FGC, mas há algumas exceções, especialmente se o banco emissor não for filiado ao FGC.
Portanto, é essencial confirmar essa informação ao escolher o título para investir.
Para tomar uma decisão informada, o investidor precisa estar ciente de que, como qualquer investimento, a LCA também apresenta riscos.
Este material não tem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face a seus objetivos pessoais e à sua tolerância a risco (Suitability).
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