O que você vai ler neste artigo:

“Se você pretende ser rico, pense em economizar tanto quanto em ganhar”.  O conselho que Benjamin Franklin, publicado no livro O Caminho para a Riqueza em 1758, é, ainda hoje, um ótimo incentivo para começar a guardar dinheiro. 

E, quando o assunto é juntar dinheiro, a caderneta de poupança é a ferramenta mais popular entre os brasileiros. 

Porém, nem sempre é a mais vantajosa. Neste artigo, você vai descobrir quanto rende R$ 1.000 na poupança e como você pode tomar as melhores decisões para multiplicar suas economias.   

Seja para garantir uma reserva para emergência, comprar bens de alto valor ou chegar mais perto dos seus sonhos, economizar dinheiro é uma atitude que deve ser amparada por escolhas inteligentes. 

Quando o assunto é investir dinheiro, a poupança é a primeira que vem à cabeça. Um estudo de 2018 da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostrou que esse tipo de aplicação é conhecida por 92% das mais de 3 mil pessoas de todas as partes do Brasil que participaram da pesquisa.

Entre os brasileiros que têm o hábito de investir, a caderneta de poupança é o destino principal de 89% deles e a segurança é apontada como motivo. Isso porque o risco de perder o valor aplicado é baixo.

Além disso, ela possui alta liquidez, que é a facilidade com a qual o dinheiro investido retorna para a conta corrente do investidor.   

QUAL O RENDIMENTO DA POUPANÇA?

O rendimento da caderneta de poupança está atrelado à Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.

Ela, aliás, influencia não só as aplicações financeiras como todas as outras taxas de juros do país, tanto de empréstimos quanto de financiamentos.

Na reunião de 3 de agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic de 13,25% para 13,75% ao ano, ou seja, um reajuste de meio ponto percentual.

Além dela, a poupança também está ligada à Taxa Referencial (TR), que costuma variar.

Pela regra em vigor, válida para depósitos feitos após maio de 2012, quando a Selic estiver abaixo de 8,5% –o que ocorreu até setembro de 2017 –, a rentabilidade da poupança será de 70% da Taxa Selic + TR.

No entanto, quando a Selic está acima de 8,5%, como é o caso agora, os depósitos feitos na caderneta de poupança rendem 0,5% ao mês – ou 6,17% ao ano – mais a Taxa Referencial.

 

QUANTO RENDEM R$ 1.000 NA POUPANÇA?

Com esse rendimento atual da caderneta, se você investir hoje R$ 1.000 na poupança, depois de um ano terá R$ 1.061,70 mais o valor da Taxa Referencial. Ou seja, um rendimento mínimo de R$ 61,70. Vale saber que é possível resgatar o dinheiro investido a qualquer momento.

Porém, os juros da poupança são creditados a cada 30 dias, ou seja, se você quiser sacar seu dinheiro antes do 29º dia, não receberá o rendimento daquele mês.

A INFLAÇÃO PRECISA ENTRAR NA CONTA

Já vimos que aplicando R$ 1.000 na poupança, você terá um retorno de pelo menos R$ 61,70 ao fim de um ano, tendo em vista os juros atuais. Mas, na prática, você precisa olhar também outro indicador para entender o real ganho com a aplicação.

Estamos falando da taxa de inflação, ou seja, o aumento de preços dos produtos e serviços na economia. A meta central de inflação para 2022 é de 3,5%

A inflação afeta diretamente a rentabilidade da poupança (e de outros investimentos) porque, quanto mais os preços sobem no país, mais o investimento precisa render para gerar algum ganho real para o investidor.

Se a inflação ficar dentro da meta de 3,5%, um rendimento da poupança em 6,17% ao ano significaria que o dinheiro aplicado conseguiria acompanhar a alta geral dos preços no país.  

No entanto, é importante dizer que, nos 12 meses terminados em maio, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, ficou em 11,89%. Ou seja, com a alta de preços nesse nível, seu dinheiro perde valor na poupança.

QUAIS OPÇÕES DE INVESTIMENTO SÃO MELHORES DO QUE A POUPANÇA? 

Entram nessa categoria outros investimentos em renda fixa, como CDB, Tesouro Direto, LCI e LCA.  Assim como a poupança, esses investimentos também funcionam como um empréstimo do seu dinheiro ao banco.

Em troca, você recebe uma taxa de rentabilidade fixa, definida no momento da compra. O risco para o investidor é baixo graças ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que funciona como uma espécie de seguro para alguns investimentos, limitado ao valor de R$ 250 mil por CPF (pessoa) por instituição. 

Em outras palavras, se o banco que você utilizou para fazer seus investimentos em renda fixa um dia quebrar, por exemplo, o FGC devolve seu dinheiro, caso o valor investido seja menor ou igual a R$ 250 mil. 

Quer entender mais sobre os melhores tipos de investimento para fazer o seu dinheiro render mais? Então não deixe de acompanhar nossos artigos.