O que você vai ler neste artigo:
“A transformação pessoal requer substituição de velhos hábitos por novos”. Essa frase foi escrita por um autor americano chamado Wilferd Arlan Peterson, que por mais de 25 anos escreveu sobre a mente humana para a revista “This Week”, dos Estados Unidos.
Quando se trata de dinheiro, o que podemos aprender com essa frase é mais ou menos o seguinte: se você mudar os seus hábitos, a sua vida financeira pode melhorar muito.
Listamos, então, quatro hábitos muito ruins que as pessoas têm. São coisas que você talvez faça e que, sem perceber, prejudica o seu bolso. Se você notar que uma dessas coisas faz parte da sua vida, procure trabalhar para mudar isso o quanto antes. Ou seja, busque substituir esses maus hábitos por outros melhores.
Você passa em frente a uma vitrine e decide comprar alguma coisa que nunca tinha passado pela sua cabeça. Você não precisa daquilo, não sabe nem direito se quer aquilo. Acontece que, por alguns instantes, você fica com aquela obsessão de comprar. Essa é a famosa compra por impulso.
Aliás, não acontece só na vitrine. Acontece muito na internet também. E acontece com a maioria das pessoas. Uma pesquisa feita pelo SPC (Serviço de Proteção de Crédito) em parceria com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostrou que 60% dos brasileiros fazem compras por impulso.
Se você estiver nesse grupo, trate de mudar esse hábito porque ele é um grande inimigo do seu bolso. Prefira ter um hábito melhor, que é o de planejar aquilo que você for gastar. Afinal, como diz um antigo ditado popular, dinheiro não aceita desaforo.
O cartão de crédito não aumenta o seu poder de compra. Ou seja, você não pode gastar mais do que ganha só porque tem um limite de cartão de crédito alto. Acontece que muitas pessoas se esquecem disso.
O mesmo estudo feito por SPC e CNDL mostrou que um em cada quatro brasileiros ficaram inadimplentes com o cartão de crédito em 2018. Ou seja, se enrolaram para pagar a fatura.
Ora, as pessoas pagam com cartão de crédito porque querem, certo? Então, se elas não conseguem pagar a fatura é porque colocam no cartão mais compras ou parcelas do que deveriam. Esse é um mau hábito que destrói a vida financeira de uma pessoa desorganizada. O bom hábito é o inverso disso. É ter controle sobre cada item comprado com o cartão — e jamais tomar susto quando vem a fatura.
A palavra “planejamento” dá a ideia de que você vai precisar criar regras e planilhas impossíveis de acompanhar por muito tempo, certo? Então, para simplificar, faça o seguinte: crie metas financeiras. Coloque um valor que você quer juntar e uma data para alcançar aquele valor.
Por exemplo, você pode querer juntar dinheiro suficiente para fazer uma viagem, reformar a casa, comprar um carro ou o que você achar que faz você feliz. Isso vai ajudar você a manter o foco e não gastar com coisas desnecessárias.
Alguns livros podem ajudar a criar bons hábitos nesse sentido. Um deles é o “Como Organizar Sua Vida Financeira”, do escritor e consultor Gustavo Cerbasi. Como o autor é brasileiro, ele conhece bem a nossa cultura e traz exemplos bem ligados à realidade do País.
Muitas pessoas prometem que vão começar a investir, mas não fazem isso nunca porque ficam esperando juntar dinheiro. Isso é bobagem. Não precisa de dinheiro para fazer investimentos. Alguns podem ser feitos com R$ 30,00, como o Tesouro Direto. Outros, como CDB, podem ser feitos a partir de R$ 100,00. Existem outros com investimentos iniciais baixos ou até mesmo sem valor mínimo definido.
Claro, existem investimentos que exigem valores mais altos. Ações na Bolsa, por exemplo, são sempre compradas por lotes de 100 ações (nunca menos do que isso). Então, se você viu que a ação de uma empresa custa, por exemplo, R$ 7,00, o investimento mínimo nela vai ser de R$ 700,00. Mas você não precisa juntar esse dinheiro para começar a investir. Comece com o que você tiver. O importante é criar o hábito de investir e não deixar dinheiro parado.
Uma boa dica de leitura é “O Investidor Inteligente”, de Benjamim Graham, que costuma ser o primeiro livro para quem quiser conhecer mais sobre o tema.
As quatro dicas deste post foram retiradas do vídeo gravado pelo humorista Igor Guimarães para o canal Pra Fazer Mais, do PAN, que vale a pena assistir.
Já que o tema é hábito, fechamos o post com a dica de um livro que fala bastante dos hábitos em geral — e como eles são capazes de modificar a nossa vida. É “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg.
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