O que você vai ler neste artigo:
O velho golpe do WhatsApp está mais perigoso agora, porque os criminosos estão pedindo pagamento via PIX. Isto significa que o dinheiro que a vítima paga cai na conta dos bandidos na mesma hora. E aí fica praticamente impossível recuperar o dinheiro roubado.
O golpe funciona assim: criminosos clonam a conta de uma pessoa no WhatsApp. Daí começam a mandar mensagem de texto para todos os contatos pedindo um empréstimo e prometendo devolver o dinheiro no dia seguinte.
Como a mensagem chega em nome do dono da conta, as pessoas acreditam. Só que a conta que eles passam é de alguém da quadrilha.
Até outro dia, as pessoas faziam transferência bancária, DOC ou TED. Ou seja, quando descobriam que era golpe, ainda dava tempo de ligar para o atendimento do banco e tentar cancelar a transferência. Com o PIX não tem jeito. O dinheiro cai na mesma hora. Transferiu para a conta do estelionatário, já era. Tarde demais para recuperar.
Se você cair no golpe, a primeira providência é tirar print das telas mostrando a conversa do WhatsApp e registrar um boletim de ocorrência. Na maioria dos estados, isso pode ser feito pela internet mesmo, no site da Polícia Civil do seu estado.
A partir daí, você pode ver quais outras providências tomar. Cada banco tem uma política de ressarcimento dos valores em caso de crime. Segundo uma reportagem do UOL, a maioria dos juízes entende que os bancos não são obrigados a devolver o dinheiro de golpe do WhatsApp, porque o crime aconteceu numa plataforma que fica fora dos bancos. Mas cada caso é analisado individualmente.
Então, o melhor que você pode fazer é se prevenir para nunca ter esse problema.
Não é tão difícil assim evitar. Se um amigo, parente ou conhecido enviar uma mensagem de texto pelo WhatsApp pedindo ajuda — e você puder e quiser ajudar —, faça um telefonema para essa pessoa antes de lhe transferir o dinheiro. Porque isso resolve tudo. Você vai saber se está falando com ela ou não. Em todos esses casos, os bandidos fazem toda a comunicação só por mensagem de texto.
Você pode até fazer antes uns testes, com perguntas que só a pessoa verdadeira saberia responder. Coisas do tipo: “de onde a gente se conhece?”, “qual o nome da nossa tia-avó?”. “qual o nome da nossa professora da segunda série?” ou coisas do tipo.
Mas nada é realmente mais seguro do que conversar por voz para ter certeza de que você está falando com a pessoa mesmo.
Para invadir o WhatsApp, os criminosos normalmente conseguem aquele código de seis dígitos que existe para ativar o WhatsApp. Ele é normalmente enviado por SMS.
Por exemplo, eles descobrem o número do seu telefone celular na internet (redes sociais, dados de empresa ou outro lugar) e telefonam fingindo ser de uma empresa qualquer com uma promoção. Aí dizem que vão enviar um código promocional de seis dígitos. Pedem, então, para você confirmar esse código por telefone. O problema é que esse código não é de loja nenhuma. É justamente o código de acesso ao seu WhatsApp.
A boa notícia é que é fácil se proteger disso. Basta ativar a “Confirmação em duas etapas” no WhatsApp da seguinte maneira:
Pronto: seu WhatsApp está protegido. Se por acaso for invadido, o bandido vai ter de descobrir qual a senha que você escolheu. Isso vai travar o golpe.
Obviamente, como cuidado extra, não fique informando o número de SMS por telefone para ninguém. Ele pode ser usado para outros golpes que a gente nem imagina que existam.
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