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As pessoas passaram a usar mais a internet na pandemia. Isso talvez você já saiba. Mas a novidade é que a busca por serviços de saúde e as transações financeiras foram as duas práticas mais comuns entre os brasileiros, de acordo com pesquisa do Comitê Gestor da Internet (CGI.Br) divulgada nesta terça-feira (5).
Chamado de “Painel TIC Covid-19 - 4ª edição”, o estudo mostrou que 77% dos entrevistados buscaram informações sobre consultas e procedimentos de saúde.
Antes, uma pesquisa semelhante do CGI, a TIC Domicílios 2019, mostrou que 51% dos entrevistados usavam a rede com essas mesmas finalidades.
Medidas de restrição e distanciamento social durante a pandemia contribuíram para o crescimento do uso da internet para acessar serviços de saúde ou informações sobre o tema.
Para chegar a esses números, foram entrevistadas 5.552 pessoas em julho de 2021 sobre como usavam a internet. Entre as opções, havia telessaúde, comércio eletrônico, ensino remoto, serviços públicos online, teletrabalho e cultura.
Entre as pessoas consultadas, 53% disseram ter feito algum procedimento online em serviços de saúde pública, como marcar consultas e outros serviços do SUS (Sistema Único de Saúde).
A pesquisa também identificou crescimento da telessaúde, por exemplo, sendo que as práticas mais comuns foram acesso a resultados de exames (33%), agendamento de consultas médicas (30%) e de exames (24%).
Por outro lado, o levantamento também mostrou a desigualdade com que esses serviços são acessados pelas pessoas. Nas classes A e B, o acesso remoto a exames foi feito por 59%, enquanto nas classes D e E, 21%.
Da mesma maneira, o agendamento online de consultas foi feito por 51% das pessoas das classes A e B, enquanto apenas 19% dos entrevistados das classes D e E fizeram o mesmo.
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A pesquisa ainda revelou o aumento do uso de serviços financeiros online. Entre os entrevistados, 71% relataram ter feito consultas, pagamentos e outras transações financeiras.
Antes da pandemia, em pesquisa semelhante, a TIC Domicílios 2019, a taxa de uso de serviços financeiros online foi de 37%, quase metade do patamar atual.
Também ficou constatado nesta pesquisa o crescimento das compras pela internet. Mais da metade dos entrevistados, 51%, relatara ter feito compras assim.
Cursos à distância e teletrabalho (o chamado “home office”) também foram impulsionados pela pandemia.
No primeiro caso, 33% dos participantes do levantamento disseram ter recorrido a essa opção para estudar, sendo que na pesquisa anterior, em 2019, eram só 13%.
Quando se trata de educação, as desigualdades continuam evidentes: 80% dos alunos da rede privada disseram ter feito aulas por sites, rede sociais ou plataformas de vídeo. O índice caiu para 65% nas instituições públicas de ensino.
Já quando o assunto é trabalho remoto, 38% disseram ter adotado essa modalidade.
No entanto, a prática valeu para 66% das pessoas entrevistadas das classes A e B, enquanto nas classes D e E foram 16%.
Se você está no grupo das pessoas que passaram a usar mais a internet para fazer compras, veja aqui neste artigo como comprar em segurança e ainda economizar uma grana.
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