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Os diretores do Banco Central (BC) decidiram em reunião, nesta quarta-feira (21), manter a taxa básica de juros em 13,75%. A expectativa dos especialistas era encerrar o ciclo de aumentos nas porcentagens dos juros básicos da economia. Desde março do ano passado, a taxa do Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) passou de 2% para 13,75% ao ano. O indicador é elevado com o objetivo de conter o avanço da inflação no país.
No início de agosto, a taxa de juros foi elevada de 13,25% para 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC. Esse foi o 12º crescimento consecutivo para o indicador, que na ocasião atingiu seu maior valor desde novembro de 2016. Após a reunião de quarta-feira, o Copom não indica novos ajustes.
Recentemente, analistas do banco reduziram, pela 12ª semana seguida, a expectativa para a inflação de 2022 no Brasil. A atual previsão é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tido como a inflação oficial do país, encerre o ano em 6%.
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O que é a taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Selic e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
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Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, que é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
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