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Uma tecnologia que desperta curiosidade são as moedas virtuais, que já podem ser encontradas no mercado há alguns anos. Porém, muita gente tem dúvidas sobre as principais características e o valor do bitcoin, a primeira moeda virtual, que começou a ser divulgada em 2008.
Já existem notícias sobre pessoas que investiram em bitcoin e ficam ricas, além do surgimento de empresas no setor de moedas virtuais. O tema é tão importante que o Banco Central (BACEN) avalia desenvolver uma moeda digital brasileira.
Até lá, é importante compreender do que se trata o bitcoin, como funciona o investimento nesse tipo de moeda virtual, a segurança e riscos de comprar esses recursos, principalmente pra quem ainda está pensando em começar a investir.
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O bitcoin foi a primeira moeda virtual do mundo. Ou seja, ela não existe em papel nem em nenhum lugar além de sistemas digitais. Além disso, é uma moeda descentralizada, o que significa que não existem bancos ou governos que atuam como intermediários.
O bitcoin é uma criptomoeda, termo usado para moedas que só existem na internet. Apesar de serem reais, não há versão física desse dinheiro. Além disso, são as próprias pessoas que, de forma geral, podem enviar ou receber bitcoins.
Outro detalhe relacionado ao bitcoin é que ele é um dinheiro limitado. A tecnologia envolvida na criação da moeda permite que sejam emitidos (virtualmente, claro) até 21 milhões de bitcoins.
Ao mesmo tempo, ele opera por meio de uma rede descentralizada conhecida como blockchain (corrente de blocos, em tradução livre para o português). Esse sistema permite o rastreio de envio e recebimento de bitcoin por meio de pedaços de códigos com dados.
Outra tecnologia relacionada à primeira moeda virtual do mundo é a criptografia, que é uma camada de segurança que dificulta a ação de criminosos ao deixar informações mais complexas. Esse recurso é similar ao usado para garantir a segurança de contas digitais.
Uma curiosidade: essa criptomoeda teria sido criada por um cidadão chamado Satoshi Nakamoto. Mas pouco se sabe sobre ele - nem ao mesmo se é uma pessoa ou várias reunidas sob esse nome.
A última notícia que se tem dele data de 26 de abril de 2011, quando vários desenvolvedores receberam um e-mail “final” de Satoshi, em que ele dizia que tinha “migrado para outros projetos” e entregava uma chave criptográfica que ele usou para enviar alertas para toda a rede.
As criptomoedas são negociadas na internet em redes próprias. O bitcoin usa o blockchain para isso. Nesse sistema, as pessoas conseguem comercializar a moeda de forma anônima. Os 3 principais jeitos de comercializar bitcoin são:
ao comprar bitcoins de empresas especializadas na comercialização da criptomoeda, conhecidas como exchanges ou corretoras, que reúnem compradores e vendedores em um determinado ambiente digital
ao negociar diretamente com outros usuários a compra e venda da moeda virtual
ao mineirar bitcoins, termo que significa usar computadores de alto desempenho para que a rede usada nas transações de criptomoedas funcione.
Como comprar bitcoins?
Para adquirir bitcoins, é preciso passar dinheiro em reais (R$) ou na moeda do país para uma conta de corretora ou que está no ambiente blockchain. Isso pode ser feito por transferência bancária ou PIX, por exemplo.
O preço do bitcoin é volátil. Por ter quantidade limitada, vale a lei da oferta e demanda: quanto menos bitcoins disponíveis, mais alto tende a ser o preço. Segundo o site especializado Portal do Bitcoin, a moeda já teve valor máximo de R$ 376.000,00.
É possível também fracionar uma unidade de bitcoin em até 100 milhões de partes, o que permite adquirir a moeda digital por preços mais baixos do que a cotação da criptomoeda em si.
O bitcoin também pode ganhar ou perder valor conforme o desempenho de outras moedas, em especial o dólar.
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Outro aspecto que impacta o preço são as interferências externas, como participação de empresas ou pessoas importantes no mercado de criptomoedas e, também, ataques de hackers, que podem prejudicar a valorização da moeda.
Por fim, lucros a partir de investimentos em bitcoins devem ser declarados no Imposto de Renda, de acordo com a Receita Federal.
As criptomoedas como o bitcoin utilizam tecnologias como a criptografia e o blockchain justamente para aumentar a segurança, a privacidade e inibir ações criminosas para roubar dados ou mesmo a própria moeda digital.
Porém, já aconteceram situações em que hackers conseguem roubar as carteiras digitais de usuários (locais onde o bitcoin é mantido) ou as exchanges. Portanto, mesmo que a tecnologia das criptomoedas seja avançada, ela ainda pode ser alvo de ataques.
Por fim, outro ponto que pode deixar o investimento do bitcoin inseguro são corretoras falsas que se passam por exchanges reais para receber indevidamente o dinheiro de quem queria investir na criptomoeda.
Mas calma: existem muitas corretoras seguras que trabalham com esse produto. Para saber se uma exchange é segura, você deve pesquisar a reputação da empresa, além do histórico de funcionamento.
Outro ponto importante é verificar se há registro de vazamento de dados de clientes ou períodos em que clientes ficaram impossibilitados de resgatar valores.
Como qualquer moeda existente, a relação entre o bitcoin e o real é variável. Para se ter uma ideia, em 2010 (um ano após o lançamento), poderia ser comprado por 0,34 dólares.
A partir daí, o valor variou. Em 2013, passou pela primeira vez o valor de 1000 dólares e, em 2017, chegou a 20 mil dólares.
Em outubro de 2021, a moeda virtual alcançou o valor de 366 mil reais, o equivalente a aproximadamente 68 mil dólares.
Em maio de 2022, houve uma queda significativa e o valor chegou a 29.764 dólares.
Devido a essa volatilidade, para saber o preço do bitcoin em reais, é recomendada a verificação diária nas diversas plataformas virtuais atualizadas.
O investimento em bitcoin tem riscos, como alerta o BACEN. De acordo com a instituição, as moedas digitais “não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária”. Com isso, não há garantia de conversão de bitcoins para reais, por exemplo.
Ao mesmo tempo, comprar e manter bitcoins significa assumir riscos como “a possibilidade de perda de todo o capital investido, além da típica variação de seu preço”, afirma o BACEN.
Outro aspecto é que as empresas de moedas virtuais não são reguladas pelo Banco Central, que avisa que “não regula nem supervisiona operações com moedas virtuais”. Logo, transações em bitcoin não são controladas pelo BACEN ou outra autoridade.
No entanto, a Receita Federal editou, em 2019, a Instrução Normativa 1.888, considerada a regulamentação do bitcoin no Brasil, que obriga, entre outros, que as corretoras declarem mensalmente as operações dos clientes.
Ao mesmo tempo, a variação intensa de preços do bitcoin pode ser altamente arriscada para investidores. Já ocorreram situações em que a moeda perdeu quase 50% do valor em um único dia.
Por isso, antes de optar por investir em uma criptomoeda, a recomendação é estudar com calma como funciona esse mercado.
Por falar em investir, entenda quais os tipos de investimento que existem e como escolher o ideal para você!
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