O que você vai ler neste artigo:

 

Cursar o ensino superior é um sonho que pode custar caro. Felizmente, existem diversas modalidades de bolsa universitária para te ajudar a chegar lá. 

Estamos falando de programas de financiamento estudantil, ou seja, créditos que os estudantes podem receber para pagar as mensalidades dos cursos de graduação. 

A bolsa universitária pode ser pública ou privada, integral ou parcial. Como acontece em qualquer tipo de financiamento, o estudante tem prazo determinado em contrato para quitar o empréstimo. 

Neste artigo você vai conhecer as vantagens do financiamento estudantil, cinco tipos principais de bolsa universitária e como fazer para consegui-las. 

Por que buscar uma bolsa universitária?

Porque o crédito que ela oferece pode ser a maneira mais rápida e fácil de realizar o sonho de fazer uma graduação e, assim, garantir melhores condições de vida e trabalho. 

Fazer um curso universitário pode trazer benefícios importantes, como aumentar a chance de conseguir um emprego melhor e elevar as chances de você atuar em uma área com a qual se identifica. 

A pesquisa Observatório da educação superior - análise dos desafios para 2021, encomendada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), revelou que 56% dos estudantes adiaram o início do curso de graduação por falta de dinheiro. 

Além disso, 76% dos entrevistados têm intenção de migrar para o EAD (ensino a distância) em universidades particulares, especialmente por causa das mensalidades mais baixas dessa modalidade de ensino. Nos últimos 10 meses, as menções ao fator “preço” cresceram 95%. 

Qual é o valor de uma bolsa universitária?

O valor do crédito estudantil varia de acordo com cada uma das modalidades de bolsa disponíveis. Algumas delas oferecem descontos aos estudantes para a conclusão do ensino superior.

Em alguns casos, o desconto pode ser de até 100%. Porém, para conseguir essa bolsa integral é necessário cumprir critérios específicos que também variam de acordo com o programa de financiamento estudantil. 

Os principais tipos de bolsa universitária

FIES

É o tipo mais conhecido de financiamento estudantil e com as menores taxas do mercado. Isso porque é um programa do governo federal, que concede linhas de crédito com condições exclusivas para estudantes por meio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. 

Como funciona:

Durante o período do curso, o banco paga as mensalidades do estudante à instituição de ensino. O estudante, por sua vez, quita esse empréstimo só depois da formatura, em parcelas diluídas em longo prazo e juros mais baixos do que outros tipos de empréstimos. 

No chamado Novo FIES, há três linhas de crédito disponíveis, com pré-requisitos baseados em renda familiar per capita (por pessoa). Quanto menor a renda da família, menor a taxa de juros. A principal vantagem do programa é que as taxas de juros são as menores do mercado. 

Como acessar: 

Para participar do FIES, os estudantes precisam ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com pontuação mínima de 450 pontos. 

Porém, as vagas são concedidas por ordem decrescente de nota do Enem. Quanto melhor o desempenho no exame nacional, maior a chance de conseguir esse tipo de bolsa universitária. 

Prouni

O Programa Universidade para Todos (Prouni) foi criado pelo Ministério da Educação para oferecer bolsas de estudo, integrais e parciais (de 50%), em instituições particulares de educação superior. 

Como funciona: 

Para concorrer às bolsas universitárias integrais, o estudante deve comprovar renda familiar mensal bruta de até um salário mínimo e meio por pessoa. Para bolsas parciais (50%), a renda familiar mensal bruta deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa. 

Como acessar:
Somente poderá se inscrever no programa o estudante brasileiro que ainda não possui diploma de graduação em curso superior e que tenha participado da versão mais recente do Enem, com pontuação mínima de 450 pontos e sem ter zerado na redação. 

Além disso, o programa é destinado a estudantes que tenham cursado o ensino médio na rede pública ou na rede particular na condição de bolsista integral. 

Podem participar também professores da rede pública de ensino, que estejam no exercício da profissão e que integrem o quadro de docentes permanentes da escola pública de educação básica. 

Programas estaduais e municipais

Alguns estados e municípios oferecem a possibilidade de obter uma bolsa universitária se comprovada a participação em atividades voltadas à sociedade.
Por exemplo, em São Paulo, o governo estadual concede bolsas de até 100% em mensalidades de várias instituições de ensino superior particulares. A condição é que a pessoa beneficiada atue como educadora em uma escola vinculada ao programa Escola da Família, com atividades formativas nas áreas de trabalho, cultura, educação, saúde e esporte. 

Em Manaus, as bolsas oferecidas pelo governo do estado podem ser integrais ou parciais (de 75% ou 50%) e são oferecidas a estudantes de baixa renda que participam de projetos sociais, culturais, educacionais e socioambientais promovidos pela prefeitura e instituições parceiras.

Bolsa universitária privada

O financiamento estudantil privado é um tipo de crédito pessoal destinado a facilitar o acesso do estudante ao ensino superior. 

Como funciona: 

Assim como o FIES, em um financiamento privado o banco ou instituição financeira especializada arca com as despesas dos estudos e o aluno só paga depois. O financiamento pode ser parcial ou integral.
As diferenças em relação aos financiamentos públicos são as condições e o prazo de pagamento da dívida e a ausência de exigências de limite de renda familiar ou de participação no Enem. É menos burocrático para conseguir, mas mais caro do que as linhas governamentais. 

Como acessar: 

Os contratos variam entre um programa e outro, podendo ser semestrais ou anuais. Para participar, o estudante interessado deve procurar uma instituição financeira que ofereça as melhores condições.

Além da bolsa universitária, há outros tipos de crédito que podem ser utilizados pelos estudantes que desejam ingressar no ensino superior, como o crédito consignado e o empréstimo pessoal.