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O salário mínimo do país é de R$ 1.100. Mas o valor líquido recebido é menor, pois há o desconto de 7,5% da Previdência Social. Assim, quem ganha o piso nacional tem disponíveis R$ 1.017,50 por mês.
E, segundo o levantamento do Dieese feito em agosto e divulgado nesta quarta-feira (8), a cesta básica mais cara do país estava em Porto Alegre: R$ 664,67, ou 65,32% da quantia que os trabalhadores que ganham o mínimo realmente recebem.
O Dieese faz mensalmente uma pesquisa de preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais, que compõem a cesta básica, em 17 capitais brasileiras. Essa última pesquisa tem dados que se referem ao mês de agosto.
Pela pesquisa divulgada nesta quarta-feira sobre a cesta básica, a cidade onde a cesta é mais barata, Aracaju (R$ 456,40), consome 44,86% do valor do salário mínimo.
Veja abaixo quanto custa a cesta básica em cada uma das capitais e a fatia consumida do valor líquido do salário mínimo em cada uma delas, de acordo com a pesquisa do Dieese:
O Dieese informou que o custo médio da cesta básica em agosto aumentou em 13 cidades na comparação com mês anterior (julho). Em outras 4 cidades pesquisadas, o valor diminuiu.
As maiores altas foram registradas em Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%). O custo caiu em Aracaju (-6,56%), Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e João Pessoa (-0,28%).
Ao comparar agosto de 2021 com o mesmo mês do ano passado, por outro lado, o preço do conjunto de alimentos que compõem a cesta básica subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Em Brasília, onde houve a maior alta, el subiu 34,13%. Em Recife, 11,90%.
O café, o açúcar e a batata foram alguns dos principais vilões para o aumento do preço da cesta básica em diversas capitais.
O quilo do café em pó subiu nas 17 capitais em que o Dieese faz a pesquisa, com altas variando de 0,71% em Recife, a 24,78% em Vitória. O motivo, segundo o órgão, foi que os produtores retiveram o grão à espera de melhores preços, porque há expectativa de menor oferta no futuro devido às geadas do final de julho.
O açúcar, por sua vez, aumentou em 16 capitais, sendo que os maiores aumentos foram em Florianópolis (10,54%) e Curitiba (9,03%). O clima seco e a geada no Sudeste, de acordo com o Dieese, diminuíram a oferta do produto.
Por fim, a batata, que teve os preços pesquisados em 10 capitais, subiu em 9. As maiores altas ocorreram em Brasília (39,64%), Rio de Janeiro (36,36%) e Belo Horizonte (33,09%).
Da mesma maneira que os outros itens, o clima reduziu o ritmo da colheita e, assim, a oferta desse tubérculo ficou menor.
Diante dessas altas nos preços, confira maneiras para economizar com comida na pandemia.
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