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O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos faz mensalmente uma pesquisa de preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais, que compõem a cesta básica. O resultado de julho foi divulgado nesta quinta-feira (5).
O açúcar subiu em 15 das 17 capitais em que a pesquisa é feita. A maior alta, de 8,12%, foi constatada no Rio de Janeiro. Ele ficou mais barato apenas em 2 cidades, sendo Brasília onde teve a maior baixa: 2,27%.
O aumento se deve, segundo o departamento, principalmente por 3 fatores:
há uma oferta reduzida do produto, devido ao clima seco e à entressafra no Norte e Nordeste
a elevação do valor do petróleo, que estimula a produção do etanol, destinando uma parte maior da safra de cana-de-açúcar a esse produto do que ao açúcar
aumento das exportações.
O quilo do café em pó também subiu em 15 capitais. As altas mais expressivas ocorreram em Vitória (10,96%), São Paulo (9,88%), Campo Grande (8,77%) e Brasília (8,14%). As reduções foram registradas em Curitiba (-3,37%) e Recife (-0,18%).
Nesse caso, a preocupação com nova geada em relação aos efeitos do clima na safra de 2022 resultou em alta do grão e do café no varejo.
Já o litro do leite integral subiu em 14 cidades entre junho e julho, motivado pela redução da oferta e pelos altos custos de produção.
Além desses itens do café da manhã, o Dieese também destacou o tomate, com aumento em 15 capitais, como um dos produtos com mais altas no mês passado na pesquisa da cesta básica. Nesse caso, o clima frio impactou na produção e reduziu a oferta.
Mas a pesquisa do Dieese trouxe alguns resultados mais “leves” pro orçamento do brasileiro. Eles foram a redução constatada nos preços da batata - em 8 das 10 capitais do centro-sul do país - e do arroz - que recuou em 14 capitais.
No caso da batata, a queda aconteceu porque houve mais produto disponível no mercado no período. O destaque ficou para Brasília, onde o preço do tubérculo caiu 23,61%. As duas cidades onde ele subiu foram Vitória (4,47%) e Curitiba (1,11%).
Para o arroz, o Dieese não especificou um motivo para a redução do preço, que foi maior em Porto Alegre (-5,41%), Goiânia (-4,68%) e São Paulo (-4,2%).
No ano passado, o arroz teve altas seguidas de preço e chegou a ser um dos “vilões da inflação”.
No geral, o Dieese constatou aumento no preço da cesta básica em 15 das 17 capitais em que faz a pesquisa mensal da cesta básica.
As maiores altas foram registradas em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%). Na outra ponta, as capitais que tiveram queda foram João Pessoa (-0,70%) e Brasília (-0,45%).
No entanto, ao comparar os preços coletados em julho deste ano com aqueles constatados em julho de 2020, o Dieese diz que o valor da cesta básica subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,81%, em Recife, e 29,42%, em Brasília.
Em julho, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 656,92), seguida pela de Florianópolis (R$ 654,43) e pela de São Paulo (R$ 640,51). Entre as cidades do Norte e Nordeste, as que apresentaram menor custo foram Salvador (R$ 482,58) e Recife (R$ 487,60).
Com os preços em alta, vale a pena ver essas dicas para economizar no supermercado e tentar fazer seu dinheiro render mais.
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