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Mesmo com o aumento de mais de 10% do salário mínimo, que agora está em R$ 1.212, quem ganha essa remuneração teve que usar 55,2% do valor líquido que recebe para comprar uma cesta básica no país em média, de acordo com o Dieese.
O custo mais alto, em São Paulo, rompeu a barreira de R$ 700 em janeiro: ficou em R$ 713,86. Em seguida, as cidades onde o valor da cesta básica é mais alto são: Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00).
Aliás, considerando-se a cesta mais cara (de São Paulo) e partindo do princípio que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele, o Dieese estimou que o piso salarial de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 5.997,14.
Veja abaixo a variação da cesta básica em cada uma das cidades pesquisadas, de acordo com o Dieese, em janeiro de 2022:
Brasília: 6,36%
Aracaju: 6,23%
João Pessoa: 5,45%
Fortaleza: 4,89%
Goiânia: 4,63%
Belo Horizonte: 4,57%
Salvador : 4,21%
Natal: 4,06%
Rio de Janeiro: 3,99%
São Paulo: 3,38%
Campo Grande: 2,92%
Vitória: 2,35%
Recife: 2,02%
Curitiba: 1,29%
Belém: 1,27%
Florianópolis: 0,87%
Porto Alegre: -1,45%.
Café foi produto da cesta básica que mais subiu em janeiro/22
Entre os itens pesquisados na cesta básica, o café foi um dos que mais puxaram os aumentos nas cidades que fazem parte do levantamento.
Veja abaixo os itens em que o Dieese constatou maiores altas no mês de janeiro e em mais cidades.
Café em pó: subiu em todas as capitais em comparação com dezembro de 2021, com destaque para as variações registradas em São Paulo (17,91%), Aracaju (12,95%), Recife (12,77%) e Brasília (11,64%).
Açúcar: aumentou em 15 capitais e as altas oscilaram de 0,22%, no Rio de Janeiro, a 4,66%, em Brasília.
Óleo de soja: aumentou em 15 capitais. As maiores variações ocorreram em Belém (5,99%), Brasília (4,69%) e Campo Grande (3,31%).
Batata: pesquisada na região Centro-Sul, teve o preço elevado em nove das 10 cidades. Os maiores aumentos ocorreram em Belo Horizonte (42,12%), Rio de Janeiro (31,74%) e Goiânia (20,30%).
Tomate: subiu em 14 capitais, exceto nas cidades do Sul. Os aumentos foram de 2,15%, em Belém, a 47,43%, em Aracaju.
Leia também: Em janeiro de 2022, percentual de famílias inadimplentes é o maior desde agosto de 2020
Por outro lado, houve itens que diminuíram de preço e ajudaram a conter o avanço do valor da cesta básica. Veja abaixo quais foram esses produtos.
Arroz agulhinha: diminuiu em 16 capitais, com destaque para as variações de Vitória (-9,87%) e Salvador (-6,97%).
Leite integral: recuou em 13 capitais, com destaque para as taxas de Vitória (-4,57%), Salvador (-3,61%), Curitiba (-2,71%) e João Pessoa (-2,67%). Em Goiânia, não houve variação de preços. Três cidades apresentaram elevação: Brasília (2,09%), Rio de Janeiro (2,05%) e Belo Horizonte (0,47%).
Feijão: recuou em 12 capitais. Para o tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, as reduções foram de -8,44%, na capital mineira, a -0,29%, em Aracaju. Houve aumento de preço em Campo Grande (2,68%), Goiânia (2,61%), João Pessoa (1,37%), Brasília (1,13%) e Fortaleza (1,09%).
Já o preço do feijão preto diminuiu em todas as cidades onde é pesquisado, nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro. As variações foram de -3,94%, em Porto Alegre, a -1,29%, em Curitiba. Motivo: apesar da redução de área plantada, a menor demanda interna e a colheita da primeira safra no Paraná influenciaram a queda de preços do grão no varejo.
O aumento dos preços e necessidade de pagar contas tem feito os brasileiros continuarem a tirar dinheiro da poupança. Em janeiro não foi diferente. Veja aqui.
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