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A iniciativa do mutirão de negociação de dívidas é uma parceria entre a Febraban (Federação Nacional de Bancos) com o Banco Central, que desenvolveram ações coordenadas de educação financeira para evitar o endividamento de risco ou excessivo.
“A preparação para a negociação é um ótimo momento para o consumidor analisar a sua situação financeira”, disse num comunicado o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Maurício Moura.
De acordo com o diretor do BC, o consumidor precisa saber quais são suas dívidas e avaliar se sua participação no mutirão é apropriada, além de identificar qual valor mensal máximo poderá pagar no acordo.
A Febraban e o Banco Central ainda divulgaram uma página específica do mutirão para o consumidor ter orientações financeiras até que possa enviar propostas de negociação na plataforma de mediação de conflitos ConsumidorGovBr.
O sistema do ConsumidorGovBr foi criado pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e conta com a adesão de mais de 160 instituições financeiras.
Na página do mutirão, o cidadão encontrará um link para o Registrato, sistema do Banco Central que permite acesso ao Relatório de Empréstimos e Financiamentos (SCR), que tem a lista de dívidas em seu nome junto às instituições financeiras.
São alvo da campanha pessoas físicas com dívidas que não tenham bens dados em garantia; que estejam em atraso e em nome de uma pessoa natural; e tenham sido contraídas de bancos ou financeiras.
Leia também: Renegociação do Fies: estudantes inadimplentes podem fazer acordos a partir de segunda (7)
Para aderir ao mutirão e negociar dívidas, o consumidor deve seguir as seguintes etapas:
Primeiro, o consumidor pode optar por negociar com a instituição credora dentro da plataforma ConsumidorGovBr. Outra opção é negociar diretamente com os canais digitais de negociação dos bancos;
Caso opte pela plataforma do Consumidor, a pessoa com dívida encontrará um modelo de reclamação no qual poderá se basear para redigir a solicitação;
O banco tem o prazo de 10 dias para analisar o pedido e apresentar uma proposta.
Para evitar cair numa situação de inadimplência, é bom que você faça um planejamento financeiro familiar. Assim, você pode construir uma reserva de emergência para se prevenir de problemas com grana.
Veja abaixo algumas orientações para ter melhor planejamento financeiro e construir a sua reserva de emergência:
Saiba o rendimento mensal da casa (quais são os ganhos, quanto cada pessoa traz de dinheiro e qual é a renda da família);
Tenha na ponta do lápis as suas despesas (valores de contas fixas, como aluguel, internet, etc., e valores de despesas variáveis, como supermercado, contas de água e luz, emergências, entre outras);
Saiba priorizar as contas num momento de dificuldades. Priorize os serviços essenciais (luz, água, por exemplo);
Saiba ainda os valores para emergência e investimento que a família possui para lidar com imprevistos e realizar objetivos de curto, médio e longo prazos;
Aprenda como negociar suas dívidas. Assim, você pode conseguir melhores condições e taxas;
Considere ainda a possibilidade de fazer um empréstimo para quitar dívidas com taxas mais altas. Há casos em que pode valer a pena. Fique atento às condições.
Confira ainda uma outra plataforma da Febraban, esta lançada no fim do ano passado, que te ajuda a ter maior planejamento financeiro. É uma outra forma de evitar cair na inadimplência.
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