O que você vai ler neste artigo:
A compra pode ser feita à vista, caso você tenha o valor integral do veículo ou por meio de um crédito ou financiamento.
Existem 3 formas mais conhecidas para conseguir o dinheiro para comprar o veículo sem ter todo o valor para pagar na hora da compra: o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), o leasing (arrendamento mercantil) e o consórcio de carros.
Nessa última modalidade, o consumidor paga prestações ao longo do tempo previsto no contrato e, ao final, recebe uma carta de crédito para comprar o veículo. Vamos explicar como funciona o consórcio de carros.
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Imagine que você possui um grupo de amigos que deseja comprar um carro. Então, decidem em conjunto que, para alcançar esse objetivo, vão guardar uma quantia mensal em uma conta poupança até atingirem o valor integral. Dessa forma, cada um comprará o seu veículo à vista.
É assim que funciona um consórcio de carros. Você e outras pessoas pagam, em grupo, uma parcela mensal para criar um fundo de crédito
Esse grupo é montado por uma administradora autorizada pelo Banco Central, e reúne pessoas que possuem um mesmo interesse, por exemplo:
Pessoas que desejam um carro 0 km;
Pessoas que preferem um veículo semi-novo;
Pessoas que estão em busca de uma moto.
Ao final do tempo estipulado no contrato, as pessoas desse grupo vão receber uma carta de crédito. Ela funciona como um “cheque” para comprar o veículo à vista.
Ao longo do contrato, os consumidores vão pagar parcelas que são formadas por uma parte do valor da carta de crédito que querem obter + a taxa de administração do grupo.
Inclusive, uma das vantagens dessa modalidade de crédito é que ela não possui cobrança de juros. Até mesmo se o bem for adquirido em parcelas ao longo dos anos.
Há 2 possibilidades de conseguir essa carta antes do final do tempo: por lance ou por sorteio.
A cada mês, os grupos de consórcio em geral realizam um sorteio da carta de crédito.
Funciona da seguinte maneira: uma pessoa desse grupo é sorteada para retirar o veículo antes da data da última parcela.
Dessa forma, ela recebe a carta de crédito quando é sorteada e pode comprar o veículo.
No entanto, é importante ter em mente que, após realizar a compra, essa pessoa precisa continuar pagando as parcelas restantes.
Ela apenas teve “sorte” de conseguir a carta de crédito antes das demais.
O primeiro passo é procurar uma administradora para entender quais são as melhores opções.
No site do Banco Central é possível encontrar uma lista de empresas e instituições financeiras que realizam a administração de consórcios.
O pagamento das parcelas deverá ser feito mensalmente, até a data e no valor estipulado em contrato, por meio de boletos que chegam em seu e-mail ou endereço indicado no contrato.
É possível entrar em um grupo novo, ou em um grupo que já foi formado, inclusive com sorteios em andamento.
A cada mês, eles acontecem para contemplar um dos participantes do grupo com uma carta de crédito. Esse documento é usado para adquirir o veículo em lojas ou concessionárias.
Em alguns casos, a pessoa pode ser contemplada já no 1º mês de pagamento do consórcio. Mas também existe a possibilidade de ser sorteado apenas no final do contrato ou até de não ser sorteado.
Se não for sorteado, o participante deverá pagar até a última parcela para obter a carta de crédito e conseguir comprar o carro.
Outra possibilidade de obter a carta de crédito antes do término do contrato é fazer um lance. Os lances são feitos com base na quantidade de parcelas que a pessoa deseja antecipar.
Ganha a carta de crédito a pessoa que fizer a maior oferta do mês.
Por exemplo:
O seu lance prevê que 5 parcelas do contrato serão antecipadas. Porém, um outro integrante do grupo informou que deverá antecipar 6 parcelas.
Caso o seu lance não seja o vencedor, é possível guardar o valor que seria pago na antecipação para tentar a sorte no leilão do próximo mês.
Assim como no sorteio, quem faz o lance deve seguir pagando as prestações até o final do contrato, mesmo que já tenha conseguido a carta de crédito e comprado o veículo.
Imprevistos acontecem e, por isso, mesmo que você se planeje para pagar as parcelas de seu consórcio, é importante pensar em uma estratégia que ajude caso o orçamento aperte.
Há algumas possibilidades. Você pode vender a sua cota para outra pessoa - se o contrato permitir. É como vender um bem: você transfere para outra pessoa a cota do consórcio, e ela paga por esse valor no seu lugar.
Mas é preciso atenção nessa negociação. A Abac (Associação Brasileira de Consórcios) explica que essa venda, se for permitida pelo contrato, precisa também ter autorização da administradora, que deve avaliar a pessoa que está comprando a cota antes de concretizar a transação.
A associação aponta como outra alternativa você procurar a administradora e pedir para diminuir o valor da carta de crédito que receberá ao final do contrato. Isso fará suas prestações ficarem menores também.
Outra medida, essa mais drástica, é pedir a sua exclusão do grupo. Mas ela deve ser considerada apenas em casos extremos, uma vez que será necessário pagar uma multa.
Você pode recuperar o dinheiro investido, contudo, terá de esperar que todos os membros do grupo sejam contemplados. Os valores devolvidos não incluem as taxas de administração ou a multa.
Comprar um veículo gera outros gastos além das parcelas do consórcio. Caso você seja sorteado antes do término do período de pagamento, esses valores passarão a ser parte da sua realidade, como IPVA, licenciamento, manutenção e seguro.
É importante que você tenha tudo isso na ponta do lápis para evitar possíveis descontroles financeiros ao final de cada mês.
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Além do consórcio de carros existem outras modalidades de crédito que possibilitam a compra de um veículo para quem não tem o valor à vista.
O financiamento, ou crédito direto ao consumidor (CDC), é o mais conhecido. O consumidor pede um empréstimo ao banco para realizar a compra do veículo e vai pagando mensalmente em parcelas.
Já o leasing, que também é conhecido como arrendamento mercantil, funciona como uma espécie de aluguel.
Nele, você paga um valor mensalmente, por um tempo determinado, para uma empresa responsável por esse tipo de operação. Ela será a dona do veículo até que todas as parcelas sejam pagas.
No final do contrato, o cliente pode optar por comprar o veículo, que então passará para o nome dele.
Nessas duas operações, há cobrança de juros.
No entanto, ao fazer um financiamento ou leasing a pessoa pode comprar seu veículo imediatamente. Já no caso do consórcio é necessário esperar sorteio, lance ou o final do prazo do contrato para fazer a compra.
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