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A Aneel tinha informado na última sexta-feira (25) que a bandeira vermelha de nível 2 seria mantida em julho por causa da “intensidade da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional”.
O aumento do preço da energia ocorre por causa do baixo nível dos reservatórios. Eles estão assim porque as chuvas do período de verão não foram suficientes para que eles ficassem com água suficiente para “aguentar” essa época mais seca.
Com esse nível mais baixo, diminui a capacidade para gerar energia hidrelétrica, mais barata. E, como consequência, é necessário acionar mais as usinas termelétricas, outra forma de produzir energia. Só que elas são mais caras, o que aumenta o preço da eletricidade.
Na prática, o aumento do valor da bandeira vai pesar no seu bolso. É esta a principal consequência da chamada “crise hídrica” pela qual o Brasil está passando. Ou seja, está faltando chuva.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável por coordenar e controlar a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), diz que essa é a pior crise hídrica que o país enfrenta desde 1930.
Por causa disso, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pediu na segunda-feira (28) em pronunciamento que as pessoas façam consumo consciente e responsável de energia.
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Também houve reajuste em outras bandeiras tarifárias. Veja qual ficou o custo adicional em cada caso:
Bandeira amarela - passou de R$ 1,34 para R$ 1,874 por 100 kWh consumidos;
Bandeira vermelha 1 - passou de R$ 4,16 para R$ 3,971 por 100 kWh consumidos.
O reajuste anunciado para a bandeira vermelha 2 ficou abaixo do que recomendou a área técnica da Aneel, que havia indicado a cobrança de R$ 11,50 a cada 100 kWh consumidos.
A Aneel criou o sistema de bandeiras tarifárias para sinalizar o custo real da energia que é gerada. E, a cada bandeira adotada, pode haver ou não um custo extra para os consumidores.
As bandeiras são das cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2). Elas indicam se a energia custará mais ou menos em razão das condições de geração.
Quando as condições são favoráveis à geração hidrelétrica, mais barata, a Aneel em geral adota a bandeira verde, em que não há acréscimo na conta de eletricidade.
Nos demais patamares, há sempre uma taxa extra cobrada dos consumidores. Isso porque, nesses casos, há necessidade de acionar as termelétricas e, com isso, a geração fica mais cara.
A Aneel considera também que a adoção das bandeiras é uma forma de dar transparência ao custo de produção da energia elétrica e, assim, sinaliza ao consumidor que ele deve economizar mais em determinados períodos.
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Diante dessa alta já esperada na conta de luz de julho, é importante observar como economizar energia.
Há medidas simples que podem ser tomadas e, com isso, reduzir o consumo. Veja abaixo algumas formas de poupar, recomendadas pela própria Aneel:
Tomar banhos mais curtos, de até 5 minutos;
Selecionar a temperatura morna em dias mais quentes.
Não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado;
Manter os filtros limpos;
Diminuir ao máximo o tempo de utilização do aparelho de ar condicionado;
Colocar cortinas nas janelas que recebem sol direto.
Só deixar a porta da geladeira aberta o tempo que for necessário;
Regular a temperatura interna de acordo com o manual de instruções;
Nunca colocar alimentos quentes dentro da geladeira;
Deixar espaço para ventilação na parte de trás da geladeira e não utilizá-la para secar panos;
Não forrar as prateleiras;
Descongelar a geladeira e verificar as borrachas de vedação regularmente.
Utilizar iluminação natural ou lâmpadas econômicas e apagar a luz ao sair de um cômodo;
Pintar o ambiente com cores claras.
Juntar roupas para passar de uma só vez.
Separar as roupas por tipo e começar por aquelas que exigem menor temperatura;
Não deixar o ferro ligado enquanto faz outra coisa.
Retirar os aparelhos da tomada quando possível ou durante longas ausências.
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