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A pandemia aumentou a disposição da população brasileira para as compras online, em lojas da internet ou por aplicativos. Em quase um ano, o percentual de pessoas que não faziam nem pretendem aderir à modalidade caiu de 47% para 39%.

Por outro lado, a porcentagem de pessoas que passaram a fazer compras online após o isolamento social provocado pela pandemia subiu de 3% em maio de 2020 para 9% em abril deste ano. 

Os dados são da pesquisa Os brasileiros, a pandemia e o consumo, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esses resultados sobre compras online foram enviados à redação do Blog Amigo do Dinheiro.  

Entre os grupos pesquisados, os que mais disseram ter adotado a prática foram:

  • Por idade: a faixa entre 16 e 24 anos (14%)
  • Por escolaridade: pessoas com ensino médio (13%);
  • Por rendimento: quem tem renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos, das classes D e E (11%). 


Foram entrevistadas por telefone 2.010 pessoas de todas as partes do Brasil, com idades a partir de 16 anos. As entrevistas aconteceram entre 16 e 20 de abril de 2021. 


Classes D e E lideram compras online na pandemia 

Do total de pessoas que passaram a realizar compras online com o isolamento social, a maior fatia foi constatada no grupo de quem tem renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos: 11%. A seguir vêm as famílias que recebem mais de 5 salários mínimos (10%). O percentual ficou em 9% tanto para quem tem renda de até 1 salário mínimo quanto para quem ganha entre 2 e 5 mínimos.

Aqui, é importante destacar que a maior parte das pessoas com mais de 5 mínimos de renda (80%) e daquelas no intervalo entre 2 e 5 mínimos (62%) já tinham adotado a prática antes da pandemia. Esses percentuais são maiores do que nos outros dois grupos (20% no caso de quem ganha até 1 salário mínimo e 37% entre os que recebem de 1 a 2 mínimos).

A pesquisa procurou saber ainda quem não tinha aderido à prática, mas pretendia passar a comprar pela internet ou aplicativos. 

Para essa resposta, as maiores fatias encontradas nas entrevistas feitas em abril foram:

  • Por idade: jovens de 16 a 24 anos (12%);
  • Por escolaridade: pessoas que estudaram da 5ª à 8ª série (10%);
  • Por renda: quem ganha até 1 salário mínimo (12%).

Resistência às compras online diminui

A pesquisa da CNI revelou que, apesar de a resistência às compras online ainda ser alta, o percentual de pessoas que não fazem nem pretendem utilizar a internet para comprar o que precisam caiu ao longo do tempo. 
Em maio de 2020, 47% de quem participou da pesquisa se encaixava nesse grupo. Em julho de 2020, essa porcentagem caiu para 43%, chegando a 39% em abril de 2021. 

A pesquisa mostrou que, se por um lado as classes D e E estão entre as que mais aderiram às compras online na pandemia, por outro também lideram entre as que não pretendem comprar na internet.  

Entre os entrevistados com renda familiar de até 1 salário mínimo, 59% não pretendem aderir à prática. Já no grupo das pessoas com renda entre 1 e 2 mínimos, 44% também não querem passar a comprar online. 

É importante observar que, nessas faixas de renda, esse hábito era adotado por menos pessoas antes da pandemia do que entre quem tem ganhos maiores. 

A mesma pesquisa da CNI também apontou que, desde que a pandemia começou, 32% dos respondentes estão ganhando menos do que ganhavam em 2019 e 14% perderam toda a renda.

Dicas para compras online

A compra online pode ser mais econômica, pois ela permite comparar preços com mais facilidade. Por outro lado, é preciso ter cuidado para não cair em golpes. Abaixo listamos algumas dicas de como fazer compras online de forma segura:

  • Antes de comprar, vale checar a reputação da empresa em fóruns, redes sociais ou em sites que registram reclamações de consumidores, como o Reclame Aqui;
    Essa dica vale para todas as situações em que você for navegar em um site: olhe o ícone de segurança ali ao lado do endereço eletrônico. Cadeado fechado é sinônimo de site seguro;
  • Observe também se o endereço começa com “https” em vez de “http”. Esse ‘s’ a mais se refere justamente à palavra “safe”, termo em inglês para ‘seguro’. Ele indica que o site tem protocolo de segurança;
  • Sempre desconfie de preços muito baixos e nunca forneça a senha do seu cartão de crédito. Os sites de e-commerce nunca pedem senha. O único ambiente online que talvez faça isso, e só em situações específicas, é o site ou app do seu banco. Verifique com seu banco ou operadora de cartão em que circunstâncias a senha é solicitada.