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Até porque as crianças possuem uma capacidade incrível de aprender e usar esse conhecimento na vida adulta.
Quanto mais novinhos, melhor: o Unicef diz que, entre os primeiros 1.000 dias de vida até os 2 anos de idade, crianças que crescem em um ambiente familiar rico em estímulos e aprendizados aumentam a sua capacidade de aprender e que isso cria “as condições para a saúde e a felicidade delas no presente e no futuro”.
Por que não aproveitar esse momento para ensinar sobre relação com dinheiro? Afinal, todo mundo precisa lidar com esse tema conforme o tempo passa.
Não fazer isso traz consequências, como a perda de qualidade de vida ou mesmo problemas com dívidas.
Se você tem filhos, irmãos mais novos ou qualquer outra criança na família, pode contribuir bastante para a vida dela ao ensiná-la como a relação com dinheiro pode ser saudável e como a grana que ela vai ganhar ao longo dos anos permite a realização de objetivos e sonhos.
A educação financeira infantil pode ser feita nas mais diferentes fases da infância e começo da adolescência, basta fazer algumas adaptações. Também é importante começar da forma mais lúdica possível, especialmente com os menores, e avançar nas lições conforme a criança cresce.
Saiba quando começar a ensinar educação financeira para crianças e aprenda como fazer isso com 5 dicas!
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) usa algumas palavras bem bonitas para falar que a educação financeira “é o processo pelo qual consumidores/investidores financeiros aprimoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros”.
Em resumo: é o ensino de práticas e habilidades para lidar com dinheiro e finanças. Isso é tão importante que a própria OCDE fala que “as pessoas devem ser educadas sobre questões financeiras o mais cedo possível”.
Mas quando é o “mais cedo possível” que a OCDE declara a respeito da educação financeira para crianças? Não há idade para ensinar aos pequenos sobre relação com dinheiro, mas o que muda é o tipo de ensino em cada fase da infância e adolescência.
Um estudo citado pelo projeto Primeira Infância em Pauta diz que as crianças conseguem aprender ainda no útero. Olha só:
“No 2ºtrimestre da gestação, sabe-se que o bebê já tem os sentidos desenvolvidos, como a audição e o tato”;
“Por volta da 21ª semana de gravidez, o feto já começa a distinguir a voz dos pais”.
O aprendizado sobre dinheiro pode começar desde conversas sobre grana, sem compromisso. Falar sobre o tema já é uma maneira de a criança aprender!
Claro que isso vai avançar ao longo do tempo. Quando a criança já estiver na primeira infância (da gestação até os 6 anos de idade, de acordo com o Marco Legal da Primeira Infância), dá para inserir a educação financeira de forma gradual e lúdica.
Ao longo do crescimento, as conversas sobre grana podem avançar e ser mais específicas. O jogo Banco Imobiliário, por exemplo, já pode ser jogado a partir dos 8 anos.
Depois, dá para incluir a famosa mesada, que permite à criança ganhar seu dinheirinho todo mês e aprender como administrá-lo. Isso já dá até uma ideia do que é um salário.
Vale a pena dar um cofrinho para a criança e estimular que ela guarde dinheiro para comprar alguma coisa que deseja. E, depois, apoiar que ela faça uma compra sozinha - claro, com a supervisão dos pais ou responsáveis -, entendendo o valor de ter guardado o dinheiro para a reserva.
Por fim, no começo da adolescência já é possível falar até mesmo sobre reserva de emergência ou investimentos. Veja algumas dicas de como ensinar crianças a se relacionarem melhor com dinheiro.
O cofrinho normalmente é a porta de entrada das crianças no universo do dinheiro.
Afinal, o porquinho pode ser usado até como brinquedo, e as moedinhas ou notas podem ser usadas de maneira lúdica: quanto mais pesado o porquinho, mais dinheiro tem ali e mais coisas dá para fazer.
A ideia do cofrinho é ensinar a poupar e, principalmente, que quem poupa consegue fazer muitas coisas e realizar objetivos.
Ensinar para crianças hábitos que ajudam a economizar é uma ótima forma de promover a educação financeira infantil.
Quando os pequenos já são alfabetizados ou mesmo já sabem fazer contas simples, dá para estimular a criança a registrar o dinheiro que coloca no cofrinho. Assim, ela terá um tipo de “extrato” do quando está guardando.
Também dá para criar “desafios”: se ela quer muito um brinquedo, estimule a criança a guardar uma graninha até um determinado mês para comprar o item.
Em complemento à dica anterior, é importante mostrar que o planejamento financeiro faz a diferença para realizar sonhos e objetivos.
Por isso, ao longo do desenvolvimento da criança, ensine-a a pensar em longo prazo e estabelecer metas.
Dá para usar datas comemorativas: o Dia das Crianças pode ser uma data em que, além dos presentes dos outros, a criança pode “se presentear” ao juntar dinheiro ao longo do ano e comprar um brinquedo ou ter uma experiência legal em 12 de outubro, por exemplo.
Essa dica serve não só para a relação com o dinheiro. Ensine a criança a importância de evitar o desperdício. Não jogar comida fora, desligar a luz de ambientes vazios, fechar a torneira na hora de escovar os dentes.
Mostre que essas atitudes servem para economizar dinheiro e são importantes também do ponto de vista social e ambiental.
Se você ou a família da criança não possuem uma boa relação com a grana, fica mais difícil para os pequenos entenderem como podem usar dinheiro de um jeito positivo.
Pagar contas em dia, falar sobre dinheiro e mostrar como economizar ao fazer compras são maneiras de ensinar pelo exemplo e, dessa forma, ter uma educação financeira infantil bem eficiente.
Agora que você já viu quando e como começar a ensinar educação financeira para crianças, veja lições sobre dinheiro para você ensinar aos seus filhos.
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