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Gasolina chega ao menor preço desde outubro de 2021

Em apenas uma semana, preço médio do combustível cai quase 9%, segundo pesquisa da ANP

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15.07.2022

 

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seus gastos

PorRedacao | Millena PAN

Quem se acostumou a ler notícias sobre os aumentos semanais de preço da gasolina pode até estranhar, mas o item ficou expressivamente mais barato de uma semana para cá e atingiu seu menor valor médio desde outubro de 2021, quando o custo era de R$ 6,36.

Em números: esse combustível despencou da média de R$ 7,13 para os atuais R$ 6,49, segundo a última pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), realizada de 3 a 9 de julho. A queda foi de quase 9%.

Para fazer o levantamento, a ANP pesquisou o valor da gasolina em 5.427 estabelecimentos comerciais de todos os 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.

A pesquisa também verificou quedas nos valores mínimo e máximo de comercialização da gasolina no país. Na semana anterior, o menor preço para o litro desse combustível era de R$ 5,58. Agora, é possível achá-lo por R$ 5,22.

Da mesma maneira, o maior valor que a gasolina foi encontrada também caiu. Antes, era possível encontrar esse item sendo vendido por até R$ 8,99. Agora, o maior preço verificado foi de R$ 8,52.

Essas reduções contrastam com o que os consumidores se habituaram a ver (e sentir no bolso) nos últimos meses ao abastecer seus automóveis.

Os dados atuais da ANP, no entanto, dão seguimento a uma redução no valor médio da gasolina que já vem desde a segunda metade de junho, quando o item atingiu a máxima histórica de R$ 7,39.

Portanto, num intervalo de 1 mês, o litro da gasolina passou a custar em média R$ 0,90 a menos para o consumidor. Considerando um tanque de 50 litros, faz bastante diferença: R$ 41,00 a menos para enchê-lo por inteiro.

POR QUE OS PREÇOS DA GASOLINA SUBIRAM TANTO?

Imagem foca na mão de um homem branco segurando uma mangueira preta e vermelha de posto de gasolina, abastecendo um veículo cinza

Há várias explicações por trás das oscilações de preços da gasolina no país. Uma delas é a política de preços da Petrobras, que é baseada na cotação do barril do petróleo no mercado internacional (em dólar).

Quando o barril aumenta de preço lá fora, a Petrobras reajusta os valores aqui no Brasil. Na ponta da linha, fica mais caro para o consumidor.

Outro fator que está no centro dos debates sobre o preço dos combustíveis é a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), tributo estadual. Os governadores chegaram a congelar a alíquota em mais de uma oportunidade. A primeira vez que isso ocorreu foi em outubro de 2021.

Em junho, São Paulo chegou a reduzir o ICMS da gasolina: a alíquota caiu de 25% para 18%.

Na prática a estimativa era de que o valor caísse até R$ 0,50 para o consumidor final, saindo do patamar médio de R$ 6,97 no estado para R$ 6,47.

Desde a segunda metade de março, quando a Petrobras anunciou uma série de reajustes nos valores dos combustíveis (gasolina, diesel e gás de cozinha) às distribuidoras, o preço médio do litro da gasolina no país esteve acima de R$ 7.

Naquela ocasião, o valor médio saltou de R$ 6,68 para R$ 7,26 em apenas uma semana. O aumento foi de 8,73%.

Aliás, a escalada do preço da gasolina foi rápida. Foi em setembro do ano passado que o valor médio do litro desse combustível passou a custar mais de R$ 6 pela primeira vez. Àquela altura, em agosto, já havia estados onde era possível encontrar postos vendendo esse item acima dos R$ 7.

Para se ter ideia, no fim de setembro de 2021, encher um tanque de gasolina custava cerca de R$ 80 a mais do que no mesmo mês de 2020, considerando uma capacidade de 50 litros.

Isso porque no final de 2020 o custo médio da gasolina no Brasil era de R$ 4,48.

O preço atual, mesmo caindo, ainda está bem distante desse patamar de 2 anos atrás. No entanto, você pode saber algumas formas de poupar uma grana para não deixar todo o seu salário no posto de gasolina.

Outra dica importante é saber quando vale a pena, financeiramente, abastecer com álcool ou gasolina. Para isso, vamos te ensinar a conta a ser feita.

Como o etanol rende cerca de 70% da capacidade energética da gasolina, o preço deve ser também (ou deveria) de até 70% do valor da gasolina para valer a pena.

Ou seja, quando chegar ao posto de sua preferência, divida o preço cobrado pelo litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado dessa conta for menor do que 0,7, vale a pena usar o etanol. Se for 0,7 ou mais, prefira a gasolina.

Como cada posto tem o seu valor, você mesmo deve fazer essa conta para, então, tomar a melhor decisão.

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