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Afinal, por mais compromisso e foco que você possa ter para não gastar tudo o que ganha e, ainda por cima, guardar uma parte desse valor, é preciso ir além. É fácil se perder em meio às despesas do mês ou de gastos diários e ter a sensação de que o salário vai embora assim que cai na conta.
Com isso, parece ser difícil pensar em juntar dinheiro, pois tudo o que você ganha é usado para pagar as contas e não sobra nada para fazer uma reserva financeira.Porém, esse artigo vai mostrar como você pode começar a juntar grana de forma efetiva.
Por mais que as suas contas possam não estar do jeito que você queria, é possível sim reservar parte dos seus rendimentos.Essa parcela vai servir não apenas para formar uma reserva de emergência como também para começar a investir e, claro, realizar sonhos como uma grande viagem ou a aquisição de um imóvel ou carro.
Veja como guardar dinheiro com 11 dicas preciosas, além de entender a importância de reservar parte do seu salário e rendimentos sempre que possível.
Por mais que digam que juntar dinheiro é importante, muita gente ainda não dá o devido valor para isso: um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que 54% dos brasileiros chegam no fim do mês sem conseguir economizar nenhuma quantia do que ganham.
Leia também: Como começar a guardar dinheiro?
Como boa parte das pessoas recebe um salário mensal, pode ser mais fácil e prático juntar dinheiro todo mês, assim você já estabelece que, de maneira frequente, vai reservar parte do que ganha para formar o seu “colchão financeiro”, como também é chamada a reserva financeira.
Inclusive, recomenda-se que essa reserva seja de, no mínimo, 6 meses dos seus gastos mensais.
Por exemplo: se a sua família gasta todo mês R$ 4 mil, o colchão financeiro deve ser de R$ 24 mil, pois vocês conseguirão se manter durante 6 meses caso percam todas as suas fontes de renda.
Juntar grana todo mês também ajuda na organização: é possível configurar depósitos automáticos mensais em um conta específica para criar a sua reserva de emergência, assim fica mais difícil esquecer e você pode separar um único dia para agendar todos os depósitos.
Por fim, guardar uma parte do que se ganha todo mês permite você calcular um valor que não vai pesar no bolso.
Agora que já falamos de toda a teoria que justifica a ideia de fazer uma reserva financeira, vamos para a prática? Veja 11 dicas essenciais para você começar a juntar parte do que ganha todo mês!
É importante que você saiba qual é o valor do seu salário bruto (sem descontos como INSS e Imposto de Renda) e líquido (o valor que de fato entra na sua conta). Além disso, você deve contabilizar o que ganha de renda extra.
Se você faz bicos, recebe algum tipo de pensão ou comercializa algum produto ou serviço além do seu emprego fixo, contabilize esses rendimentos, mesmo que variáveis.
Saber o quanto você ganha é um dos primeiros passos para começar a reservar uma parte disso.
Você sabe, exatamente, qual é a sua média de gastos todo mês? Qual é o valor das despesas fixas (aluguel, parcela de financiamento etc.) e das despesas variáveis (supermercado, contas de água e luz, entre outras) na sua casa? Qual é o peso desses gastos em relação ao que você ganha?
Para juntar dinheiro, você precisa não apenas saber seus rendimentos, mas principalmente de que forma eles cobrem (ou não) os seus gastos.
Viu que está gastando mais do que recebe? Encontrou um gasto com algo que você não precisa mais? Então corte essa despesa. Além disso, caso veja que está gastando mais do que o necessário em alguma conta, pode ser uma boa ideia reduzir esse valor.
Por exemplo: se você acha que está pagando caro por um pacote de dados de celular e possui internet em casa, pode ser uma boa ideia trocar por um pacote mais barato.
Aumentar a sua renda também ajuda a juntar grana. Se você tem alguma coisa em casa que não utiliza mais, vendê-la é uma maneira de conseguir aumentar as receitas.
E se você tem talento para uma determinada atividade, ela pode ser sua fonte de renda extra. Quem é bom na cozinha pode começar a fazer comida para vender, por exemplo.
Juntar dinheiro “por juntar” pode não ser a melhor maneira de agir, pois não traz muito “envolvimento” com esse objetivo.
Em vez disso, que tal guardar uma parte dos seus rendimentos para metas específicas?
Se você quer fazer aquela viagem especial de fim de ano e sabe que ela custa R$ 3 mil, uma boa meta seria “juntar R$ 3 mil até dezembro de 2021, separando todo mês R$ 375 a partir de maio”. Avalie se esse valor mensal cabe no orçamento sem prejudicar suas despesas básicas, ok?
É possível renegociar dívidas que estão com juros altos e que, por isso, consomem parte do orçamento de forma recorrente.
Faça o mapeamento de todas as dívidas que possui, veja as condições de parcelamento e juros desses débitos e, se possível, entre em contato com a empresa ou instituição financeira com a qual você tem dívida para renegociá-la, com juros mais baixos ou prazo menor.
Será que você não possui hábitos que são inimigos do dinheiro e que atrapalham o seu objetivo de guardar parte dos rendimentos? É importante olhar para si e rever hábitos como o banho quente de 30 minutos que consome energia demais, o cafezinho diário da padaria, o pedido de comida por delivery recorrente ou o uso de apps de transporte sem controle.
Você pode até considerar que gasta pouco com essa rotina. Mas hábitos que consomem dinheiro todo dia ou toda semana podem se tornar um buraco no orçamento. Imagine que um cafezinho diário de R$ 3 na padaria representa R$ 90 todo mês e R$ 1.080 em 1 ano!
Você usa demais o cartão de crédito? Recorre com frequência ao cheque especial? Saiba que esses recursos até podem ser usados no seu orçamento, porém eles podem trazer também juros pesados que vão comer o seu dinheiro!
Se puder, sempre compre à vista, para não pagar juros. Além disso, observe se uma determinada forma de pagamento possui custos atrelados a ela. Quer um exemplo: uma transferência bancária pode ter custos, mas se você fizer um PIX, não paga nada!
Assim como você deve rever seus hábitos, repense as suas prioridades. Muitas vezes, é mais importante guardar dinheiro para, em médio ou longo prazo, comprar algo que realmente fará a diferença na sua vida, do que gastar valores todo mês com itens ou hábitos que não possuem valor significativo.
Reveja as suas prioridades e coloque no topo da sua lista aquelas que vão, de fato, ser importantes para você realizar. Se você quer muito adquirir um bem como um carro, mas tem por hábito gastar todo mês parte do salário com roupas, pode ser melhor cortar suas despesas com vestuário e reservar essa grana para adquirir o veículo.
Amigos, namorados e a sua família podem ser grandes aliados na sua missão de juntar grana. Afinal, são pessoas próximas que, de uma forma ou de outra, ajudam você a gastar mais ou menos. Dessa maneira, divida seus objetivos financeiros e compartilhe esforços, seja por meio de boas conversas, seja com o planejamento financeiro familiar.
Ao dividir o esforço, você também terá mais estímulo para continuar com a sua meta de juntar dinheiro e, inclusive, pode somar esforços. Por exemplo: se você e seu parceiro ou parceira desejam fazer uma grande viagem juntos, os dois podem juntar a grana de forma compartilhada e mais rapidamente do que se apenas um guardar dinheiro.
Uma maneira de guardar e continuar juntando dinheiro é procurar investimentos, pois eles ajudam a aumentar o valor que foi reservado. Lembra quando falamos sobre agendar depósitos em uma conta criada para a sua reserva financeira? Esses depósitos podem ser feitos em uma conta digital que possui rendimento acima da poupança ou em títulos de investimento, por exemplo.
Não guarde dinheiro embaixo do colchão, nem em nenhum pote no armário da cozinha ou em um porquinho de porcelana! Além da chance de perder esse dinheiro físico, ele também perde valor: como os preços e o custo de vida ficam mais altos, esse dinheiro valerá menos a cada dia. O mesmo vale para a poupança: ela até pode ajudar no começo, mas não é a melhor opção de investimento para guardar dinheiro.
Leia também: 7 mitos e verdades sobre investimento
O ideal é juntar dinheiro em investimentos e contas que tragam rentabilidade. Ou seja, quando você coloca o seu dinheiro em uma dessas contas, ele passa a valer mais do que no momento em que você o colocou ali. E não esqueça: é possível fazer isso com pouco dinheiro.
Alguns exemplos são investimentos em CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Ainda existem contas digitais que parecem uma conta bancária comum, na qual você pode deixar um determinado valor no saldo. Só que o dinheiro deixado lá rende mais do que outras opções de investimento, o que torna essa opção uma ótima maneira de guardar dinheiro.
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