O que você vai ler neste artigo:
Estudo da Fundação Dom Cabral mostra que longas jornadas e falta de convívio social impactam o bem-estar de quem aderiu ao trabalho remoto
ARTIGOS
•
5min. de leitura
•
06.05.2021
controle
seus gastos
PorRodrigo Chiodi
Pouco mais de um ano depois do início do home office provocado pelas medidas de isolamento social, os brasileiros que o adotaram relatam aumento de produtividade no trabalho. Mas a sensação de bem-estar com essa modalidade remota caiu.
As percepções estão em uma pesquisa da Fundação Dom Cabral. Das 1.075 pessoas de 23 estados que responderam ao questionário, 58,8% disseram que estão mais produtivas no trabalho remoto, ante 44,1% na edição anterior do estudo.
Vale ressaltar que essa primeira pesquisa foi realizada em abril de 2020, apenas duas semanas após a adoção das medidas de isolamento social. Além disso, apenas 20,4% de quem respondeu participou nas duas edições.
Os pesquisadores dividiram a categoria em “mais produtivo” e “significativamente mais produtivo”. Considerando apenas o último tópico, a proporção de respostas quase dobra em 2021 (23,2% contra 12,4% no ano anterior).
Entre os que relataram maior produtividade em home office, as mulheres foram maioria: 38% delas relataram ter um melhor desempenho ao trabalhar em casa, ante 33,9% dos homens.
Por nível hierárquico, 26,7% dos que ocupam cargos de gerência e liderança se consideram significativamente mais produtivos. Esse percentual cai para 15% entre CEOs, presidentes, sócios e diretores.
Se a produtividade aumentou, o bem-estar dos profissionais entrevistados caiu com o home office, indicou a pesquisa, realizada em parceria com a Emlyon Business School, da França, e a empresa de auditoria Grant Thornton Brasil.
Mais horas de trabalho (24%), dificuldade de relacionamento com a equipe do trabalho (16%), dificuldade de comunicação (16%) e equilíbrio com demandas pessoais (14%) foram as principais dificuldades relatadas por quem participou da pesquisa.
Já os receios apontados com a continuidade do trabalho remoto são:
Na avaliação dos pesquisadores, a maioria das pessoas que passaram a trabalhar em casa por causa da pandemia teme que a carga elevada de trabalho e a perda de convívio social cause ainda mais dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional no futuro.
Além disso, 29% das pessoas que participaram da pesquisa “concordam totalmente” com a afirmação de que estão mais cansadas atualmente do que em 2020, e 25,6% concordam parcialmente. As mulheres também são maioria nesse quesito.
“A maior produtividade não será sustentável sem apoio para a reorganização do tempo e do espaço em termos daquilo que se refere à vida profissional e pessoal. Os resultados desta nova pesquisa, mostram que não podemos nos deixar seduzir pela alta produtividade. Faz-se necessários ajustes nos três níveis: organização, equipes e indivíduos”, concluíram os pesquisadores.
A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 29 de março de 2021, por meio de um questionário online. Havia questões fechadas, em que o estudo apresentava opções, e abertas, em que era possível a pessoa escrever suas impressões.
As principais características de quem participou da pesquisa são:
Cargo ocupado: 68% são gerentes e líderes, o restante divide-se em diretor (17%), sócio / acionista (8%) e CEO (6%).
PALAVRAS-CHAVE
ARTIGOSCONTROLE SEUS GASTOSHOME OFFICE
Política de PrivacidadeCookies que utilizamos
MAPA DO SITE:
Siga a gente
Aprenda a economizar, organizar as suas finanças e fazer o seu dinheiro render mais