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O número mostra que a inadimplência está estável, por enquanto. Trata-se do mesmo patamar (25,6%) do mês anterior (julho). Houve ainda uma redução em relação ao mesmo mês do ano passado, quando 26,7% dos brasileiros estavam nesse grupo.
Em julho, 25,6% das famílias brasileiras estavam inadimplentes. Elas eram 25,1% em junho e 24,3% em maio, segundo o estudo conduzido mensalmente pela CNC.
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A pesquisa também apontou que o endividamento chegou a 72,9% dos brasileiros em agosto, principalmente, por fatores como a precariedade do mercado de trabalho formal e a inflação elevada. O índice é recorde, segundo a entidade.
Em julho, eram 71,4% no mês de julho. A CNC mostrou que o total de brasileiros endividados em junho correspondia a 69,7%. Já em julho do ano passado, eram 67,4%.
No entanto, esses números não são necessariamente um problema. O grande problema da dívida é quando você não consegue pagá-la. Mas dever, em si, é algo comum.
Uma outra razão para o aumento do endividamento é o acesso dos consumidores ao crédito no Brasil, que cresceu 19,2% nos primeiros 6 meses deste ano.
Em agosto, a proporção de dívidas no cartão de crédito alcançou 83,6% das famílias endividadas no Brasil. Entre os motivos, estão financiamentos de automóveis e pagamento de carnês (muito difundido entre as famílias de menor renda).
A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, lembra que os conceitos de endividamento e inadimplência são distintos. Ainda que o aumento das dívidas seja um termômetro importante sobre a saúde financeira dos brasileiros, há que se avaliar a capacidade das famílias em cumprir com os acordos.
“Mesmo com a inadimplência controlada até o momento, a alta nos juros amplia o risco para o acirramento desses indicadores à frente, num cenário de predomínio de restrições nos orçamentos das famílias, especialmente as de menor renda”, disse.
Nos 12 meses terminados em junho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, ficou em 8,35%. A meta de inflação do Brasil para esse ano é de 3,75%, tendo uma tolerância possível de até 5,25%.
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Para evitar cair na situação de inadimplência em que estão muitas das famílias brasileiras ou deixar de fazer parte desse grupo, é importante fazer um planejamento financeiro.
Esse planejamento familiar precisa contemplar:
O rendimento mensal da casa (quais são as fontes de renda, quanto cada pessoa traz de dinheiro para casa, e qual é o ganho real da família);
Quais são as despesas (valores de contas fixas, como aluguel, internet, financiamento de veículos etc., e valores de despesas variáveis, como supermercado, contas de água e luz, emergências, entre outras);
O peso de dívidas nesse orçamento e o quanto a família tem pago em juros;
Os valores para emergência e investimento que a família possui (ou deseja possuir) para lidar com imprevistos e realizar objetivos de curto, médio e longo prazos.
Além disso, veja como fazer um controle dos seus gastos pessoais, para conseguir usar menos dinheiro do que ganha e, assim, evitar cair na inadimplência.
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