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Banco Central diz que inflação vai estourar meta em 2022

Instituição afirma que combustíveis, planos de saúde e medicamentos são os vilões do aumento de preços

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30.06.2022

 

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seus gastos

PorRedacao | Millena PAN

Combustíveis, produtos farmacêuticos e planos de saúde. Esses três itens são algumas das maiores preocupações do Banco Central, que assumiu publicamente nesta quinta (30) que o teto da inflação vai estourar em 2022.

Os dados são do Relatório de Inflação Trimestral da instituição.  

Isso porque, para junho, deve ficar ainda mais evidente a alta dos preços, principalmente a partir da autorização do maior reajuste da história para os planos de saúde, realizado no fim de maio.

Não é novidade também que neste ano os combustíveis vêm sofrendo seguidos aumentos. Há fatores externos, como o preço do petróleo e a guerra entre Rússia e Ucrânia, e internos que acendem o alerta no BC de que mais reajustes virão.

Essa alta dos combustíveis já causa mais preocupação aos empreendedores do que os próprios efeitos da pandemia, que até pouco tempo era considerado o maior problema dos donos de pequenos negócios.

Pesou sobre os itens farmacêuticos o aumento do preço dos medicamentos, que desde abril têm autorização de reajuste de 10,89% para o ano.

O Banco Central mostrou que esses três fatores “mais do que compensaram o significativo alívio que o fim da bandeira escassez hídrica” deu. Ou seja, impactaram o bolso das pessoas de forma negativa, superando o lado bom que o fim da tarifa extra na conta de luz trouxe.

BANCO CENTRAL NÃO ACREDITA EM INFLAÇÃO DENTRO DA META EM 2022

Fora as preocupações já citadas neste artigo, o Banco Central também já não confia mais que a inflação fechará o ano dentro do limite máximo estabelecido, de 5%.

Essa admissão de descumprimento do teto da inflação é relevante, porque é o próprio Banco Central o encarregado de conter a alta dos preços.

Funciona assim: conforme os preços vão subindo, o Banco Central vai ajustando a taxa básica de juros, a Selic. Aumentá-la significa dar um estímulo para que as pessoas guardem ou invistam seu dinheiro. 

Assim, retiram a grana de circulação. E quem vende produtos e presta serviços, teoricamente, teria de abaixar ou limitar seus preços para continuar atraindo os consumidores.

Para perseguir o controle da inflação, o Banco Central define uma meta para a alta dos preços. Neste ano, o centro da meta é de 3,5%, mas há uma margem de 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo.

O limite máximo aceitável para a alta dos preços em 2022, conforme definido pelo próprio Banco Central, é de 5%. 

Só que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já aponta uma alta de 4,78% neste ano, no acumulado até maio.

Ou seja, o indicador ainda não chega nem até a metade do ano e já está próximo de bater o teto estabelecido. 

Outro dado relevante é que o Banco Central, hoje, já acredita na chance de estourar a meta do próximo ano, também. Segundo a instituição, uma possibilidade com 29% de chance de acontecer. Pode não parecer muito, mas indica pessimismo e com muita antecedência.

Vale ainda ressaltar que o IBGE também calcula o IPCA-15, que funciona como uma prévia do IPCA. E já saiu o resultado dessa prévia da inflação em junho. 

O maior impacto geral no indicador veio do segmento de “transportes”, que subiu 0,84%. 

Em seguida, “saúde e cuidados pessoais” teve aumento de 1,27% e acabou sendo o responsável pelo segundo maior impacto na alta geral dos preços.

Por falar em saúde, entenda melhor o que é, como funciona e quais os benefícios de um serviço de saúde digital. 

E saiba ainda por que cuidar da saúde acaba sendo uma boa para o seu bolso.

 

 

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