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Segmentos de renda alta e muito baixa foram os mais impactados pelo aumento dos preços
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21.03.2022
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seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
A inflação, que tinha recuado para todas as faixas de renda em janeiro, agora avançou para todos os segmentos em fevereiro.
Foi isso o que mostraram os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, um levantamento mensal realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Desta vez, os segmentos extremos foram aqueles cuja inflação mais avançou. A categoria de renda alta teve uma inflação de 1,07%, sendo seguida pelas famílias de renda muito baixa (1%).
O impacto para as famílias de renda alta foi ainda mais notável porque foram justamente elas que menos sofreram com a alta dos preços em janeiro (0,34%). Houve, portanto, uma disparada dos preços para esse segmento.
Veja, desta vez, como foi a alta dos preços em janeiro e fevereiro, conforme cada faixa de renda:
Renda muito baixa (menor que R$ 1.650,50): de 0,63% para 1,00%;
Renda baixa (entre R$ 1.650,50 e R$ 2.471,09): de 0,62% para 0,94%;
Renda média-baixa (entre R$ 2.471,09 e R$ 4.127,41): de 0,58% para 0,93%;
Renda média (entre R$ 4.127,41 e R$ 8.254,83): de 0,53% para 0,97%;
Renda média-alta (entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66): de 0,51% para 0,98%;
Renda alta (acima de R$ 16.509,66): de 0,54% para 1,07%.
A pesquisa mostrou que pesaram para a faixa de renda mais alta os reajustes de 6,7% das mensalidades escolares e de 3,9% dos cursos extracurriculares.
O grupo de Educação foi o maior foco da alta dos preços para esse segmento em fevereiro. Houve ainda reajustes de 3,8% do transporte escolar e de 2,2% do transporte por aplicativo.
Já para as famílias de renda muito baixa, em fevereiro, o grupo Alimentos e Bebidas foi o principal responsável pela alta dos preços.
Essa alta nos preços ocorreu por causa, principalmente, dos aumentos dos cereais, farináceos e panificados, como feijão (9,4%), farinha de trigo (2,8%), biscoito (2,3%), macarrão (1,1%) e pão (1,0%).
Além disso, houve crescimento dos preços de alimentos como batata (23,5%), cenoura (55,4%) e repolho (25,7%), além das altas do café (2,5%) e do leite (1,0%).
Leia também: IPCA sobe 1,01% em fevereiro e 10,54% em 12 meses
Por outro lado, são as famílias de renda muito baixa as mais impactadas pela inflação acumulada em 12 meses.
Veja abaixo a mudança da inflação por faixa de renda no acumulado de 12 meses, na passagem de janeiro para fevereiro de 2022:
Renda muito baixa: de 10,5% para 10,9%;
Renda baixa: de 10,5% para 10,7%;
Renda média-baixa: manteve-se em 10,8%;
Renda média: de 10,6% para 10,5%;
Renda média-alta: manteve-se em 9,9%;
Renda alta: de 9,6% para 9,7%.
A pesquisa do Ipea mostrou que a maior alta no período está na classe de renda muito baixa (10,9%), enquanto a menor é do segmento de renda alta (9,7%).
Nos últimos 12 meses, o maior impacto para as famílias de renda mais baixa veio do grupo Habitação, por causa dos reajustes de 28,1% das tarifas de energia elétrica e de 27,6% do gás de cozinha.
Já para as famílias de renda mais alta, a alta esteve focada no grupo Transportes, por causa dos aumentos de 32,6% da gasolina, de 36,2% do etanol e de 27,7% do transporte por aplicativo.
O Ipea ainda destacou que as altas dos alimentos em domicílio, principalmente os reajustes de 8,6% das carnes, de 19,6% das aves e ovos, de 43,8% do açúcar e de 61,2% do café, também provocaram impactos na inflação do período.
Nesse caso, o segmento mais impactado foi das famílias de renda muito baixa.
O aumento da inflação fez aumentar também a taxa básica de juros, a Selic. Com a Selic mais alta, veja quanto rendem os investimentos de renda fixa e a poupança.
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