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Com isso, a 2ª fase do Open Banking, em que os clientes poderão, se tiverem interesse, compartilhar seus dados cadastrais e de transações com outros bancos e fintechs, será iniciada em 13 de agosto.
O Open Banking é uma iniciativa do Banco Central que vai permitir que os clientes bancários possam compartilhar seus dados com outras instituições. Esse compartilhamento só será feito com a iniciativa do cliente e com sua expressa autorização.
No comunicado em que informou a mudança no calendário, o BACEN esclareceu que tomou a decisão “atendendo a pedido formal da estrutura de governança do Open Banking”.
De acordo com o texto, as instituições participantes “estão finalizando os testes para a obtenção de certificações para homologação e registro de suas APIs”.
As APIs (Interface de Programação de Aplicações, em uma tradução livre da sigla para o português) funcionam como uma espécie de “ponte” entre os sistemas de bancos e fintechs que participam do Open Banking.
Para explicar de um jeito simples, elas “traduzem” a linguagem de cada sistema para que eles consigam “conversar”.
Leia também: Open Banking: como será a segurança do sistema?
Iniciativa do Banco Central, o Open Banking é o sistema a partir do qual os consumidores poderão, se quiserem, partilhar seus dados bancários, como de cadastro e transações, com outras instituições.
Os objetivos dessa iniciativa, segundo o BACEN, são promover “maior concorrência, eficiência do sistema financeiro e inclusão financeira da população”.
A possibilidade de os clientes partilharem seus dados parte do princípio que essas informações são deles, consumidores. No entanto, atualmente, quem tem acesso a elas são apenas as instituições com quem eles mantêm relacionamento.
Com o Open Banking, será possível que esses clientes “mostrem” seu histórico financeiro, de forma segura, a outras instituições. Isso só será feito a pedido do cliente e com sua autorização.
E, com isso, é esperado que esses clientes tenham acesso a uma oferta maior de produtos e serviços bancários, mais vantajosos para eles.
A alteração de calendário anunciada nesta quarta-feira pelo Banco Central foi a segunda mudança no cronograma do Open Banking em cerca de 1 mês.
No final de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central haviam divulgado um novo calendário para o Open Banking, com previsão de novas datas para o início de algumas funcionalidades do sistema, para o dia 30 de setembro de 2022. Inicialmente, o sistema estaria completo em 15 de dezembro deste ano.
“Essa mudança visa conferir maior agilidade para adequações pontuais no cronograma por questões de ordem operacional para a adequação de processos e sistemas”, informou o Banco Central em nota na ocasião.
Com a mudança anunciada nesta quarta-feira, o novo calendário do Open Banking ficou assim:
13 de agosto de 2021: Início da fase 2, com a possibilidade de os clientes compartilharem seus dados de cadastros e de transações com outras instituições.
30 de agosto de 2021: Início da fase 3, com o compartilhamento de serviços de transferências pelo PIX.
15 de dezembro de 2021: Início da fase 4, com a troca de informações entre as instituições sobre os demais produtos financeiros, como câmbio, investimentos, previdência e seguros.
15 de fevereiro de 2022: Compartilhamento de serviços de transferências entre contas do mesmo banco e TED.
30 de março de 2022: Compartilhamento do envio de propostas de operações de crédito a clientes que aderirem ao Open Banking.
31 de maio de 2022: Compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros.
30 de junho de 2022: Compartilhamento de serviços de pagamento por boleto.
30 de setembro de 2022: Compartilhamento de serviços de débito em conta.
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