O que você vai ler neste artigo:
“Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”, diz a canção que tradicionalmente entoamos a cada virada de ano.
A vacina contra a Covid-19 finalmente chegou e, ao final de 2021, já tínhamos quase 70% da população brasileira totalmente imunizada, o que traz um pouco menos de preocupação em relação à saúde. Já equilibrar as finanças está ao alcance de todos e pode ser mais simples do que se imagina.
Para isso, trago neste início de ano quatro dicas de ouro para que você saia da promessa e realize este desejo de réveillon, organizando de vez sua vida financeira. As dicas são:
reconhecer suas capacidades financeiras;
proteger o dinheiro;
melhorar as relações com as finanças; e
fazer mais dinheiro.
Somado à ausência de educação financeira formal na escola, há ainda uma infinidade de crenças negativas sobre dinheiro (leia o artigo “7 passos para se livrar das crenças limitantes sobre o dinheiro”) que nos são apresentadas desde a infância.
Crescemos ouvindo frases como “dinheiro não traz felicidade”, “dinheiro é a raiz de todos os males”, “só é rico quem nasceu rico”, “se enriqueceu é porque fez algo ilícito”. Tudo isso afeta nossa relação com as finanças e consequentemente, nossa qualidade de vida.
Para ter uma vida equilibrada financeiramente - logo, uma relação mais saudável com o dinheiro - é necessário ter inteligência financeira, que nada mais é do que colocar em prática os conceitos da educação financeira.
A inteligência financeira é um conceito que está diretamente relacionado à inteligência emocional pois, ao contrário do que se pensa, o comportamento financeiro é mais emocional do que racional e está ligado à capacidade de conhecimento das capacidades financeiras, organização e disciplina. Logo, ela pode ser desenvolvida em qualquer momento da vida.
Vamos às dicas?
É ter domínio sobre suas finanças. Para isso, é essencial saber exatamente qual seu rendimento bruto e líquido, seu custo de vida (alimentação, aluguel/prestação casa própria, luz, água) e despesas (vestuário, lazer e demais supérfluos). É importante classificá-los como custos fixos e variáveis e despesas essenciais e supérfluas.
Planeje sua vida financeira. Faça orçamento. Não confie na sua memória, por melhor que ela seja. A escrita tem muito poder. Use a metodologia que mais gostar: planilha, aplicativo ou o tradicional caderninho. O método pouco importa, o importante é o resultado.
Tenha em mente que cartão de crédito é apenas um meio de pagamento, portanto significa que tudo o que for pago com ele deve estar no seu orçamento e deve ser controlado.
O cartão de crédito por si só, não representa um problema. O problema está no descontrole e na ilusão de que não é preciso pagá-lo. Não se iluda: cartão de crédito é dinheiro. Assim, anote diariamente os gastos (custos e despesas) pagos com o cartão e mensalmente analise o que estava previsto e o que foi realizado.
É a capacidade de cuidar do seu dinheiro, evitando gastos desnecessários como pagar juros, tarifas e o pior, cair em golpes – fique atento para fugir de armadilhas.
Não alimente o sistema financeiro pagando juros ou por coisas que poderiam ser de graça, como por exemplo pagar tarifa de manutenção de conta corrente (abra sua conta digital sem custo no Banco PAN).
Em relação a pagar juros, ao usar o limite da conta ou o rotativo do cartão de crédito você está pagando juros que variam de 200% a mais de 300% ao ano.
Outro motivo de pagamento de juros é o esquecimento. E, neste caso, o esquecimento custa caro, representando atualmente a terceira maior causa de atraso de contas, atrás apenas do desemprego e do descontrole financeiro.
Portanto, medidas simples, como adoção de um mecanismo de controle (agenda, aplicativo ou lembrete no celular) vão lhe ajudar a proteger seu dinheiro.
É a capacidade de analisar, questionar e avaliar seus hábitos de consumo, de forma a melhorá-los. Assim, antes de comprar algo, leve em consideração a necessidade do item e para isto faça o teste dos 3 P’s, usando os seguintes questionamentos:
Por que comprar?
Eu preciso?
Eu posso pagar?
Quando você questiona “por que comprar”, o objetivo é testar a utilidade, a destinação que será dada ao bem que está sendo comprado. Já a segunda questão, “eu preciso”, servirá para testar a urgência. Ou seja, ter a certeza de que você precisa do bem que está comprando neste exato momento.
O terceiro e último “P” vai verificar a sua real possibilidade de pagamento. Sendo que pagar sem sacrifícios significa não usar limite da conta, muito menos rotativo do cartão de crédito, porque usar esses recursos significa que estará esquecendo da segunda dica (proteja seu dinheiro), pois você estará pagando taxas de juros altíssimas.
Outras formas de melhorar a relação com as finanças são economizar recursos como luz, água, gás, planos de assinaturas e substituindo hábitos como, por exemplo, em vez de pagar academia, praticar exercícios ao ar livre, como caminhadas, corrida, andar de bicicleta ou fazer uso dos equipamentos de ginástica dos parques.
É a capacidade de aumentar seus rendimentos. Existem duas formas de fazer mais dinheiro honestamente.
Uma é trabalhar mais, ou seja, ter uma fonte de renda extra, como fazer doces ou salgados, artesanatos, ter uma loja ou brechó físico ou virtual, prestar serviços de assistente virtual, marketing de influência, dar aulas particulares, trabalhar para aplicativos como Uber, 99, Ifood, Loggi etc.
A outra forma de fazer dinheiro é investindo, usando o tempo e a mágica dos juros compostos a seu favor. Entretanto, para investir é preciso ter dinheiro e, se este ainda não é seu caso, fazer mais dinheiro significa adotar um trabalho extra.
As opções são muitas como já citadas em artigo específico em que apresento ideias e exemplos de pessoas que já se utilizaram deste artifício. Leia o artigo aqui no blog “Renda extra: Vamos fazer dinheiro?”.
Sinceramente, espero que você aprecie e aproveite as dicas! Desejo a você e a sua família um ótimo início de ano! Muitas bençãos e que todas as suas promessas e desejos para 2022 se realizem.
Acima de tudo, lembre-se de que equilíbrio financeiro significa ter uma relação saudável com seu dinheiro e esta relação saudável com suas finanças vai conduzir você a uma maior qualidade de vida, pois ninguém merece viver preocupado (a) e perder o sono por causa de dinheiro.
Juntos vamos lá e PAN! Eu estou aqui para ajudar você. Me siga nas redes sociais e me chame, se quiser saber mais sobre como se relacionar melhor com seu dinheiro. Sugestões de temas são sempre bem-vindos.
Até o próximo artigo.
LinkedIn - Dirlene Silva
Instagram - @dirlene.economista
*Esse artigo é de autoria da colunista Dirlene Silva e não reflete necessariamente a opinião do Banco PAN.
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