O que você vai ler neste artigo:
Saiba o que motivou a criação dessa cédula e outras curiosidades
ARTIGOS
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9min. de leitura
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27.08.2020
controle
seus gastos
PorRodrigo Chiodi
A nota de R$ 200 está nas ruas desde o fim de agosto de 2020. Mas, por que essa cédula foi criada? A resposta simples é: por causa da pandemia.
Estima-se que, em março de 2020, os brasileiros detinham um total de R$ 216 milhões em dinheiro vivo guardados dentro de casa. Isso no começo da crise sanitária causada pelo coronavírus.
Depois disso, veio o auxílio emergencial do governo federal para a pandemia da Covid-19, o que fez com que as pessoas acumulassem ainda mais dinheiro em casa. Resultado: em agosto, esse montante de dinheiro saltou para R$ 277 milhões.
Com isso, a produção de notas precisou ser acelerada e feita em maior quantidade, o que custa dinheiro, conforme explica de maneira divertida a youtuber Nérida Barbosa no vídeo abaixo.
Pode parecer estranho, mas é isso mesmo: imprimir uma cédula custa dinheiro! Então, a nota de R$ 200 ajuda nesse sentido. Por exemplo, é mais barato imprimir uma nota de R$ 200 do que quatro notas de R$ 50.
Então, já que as pessoas vão usar mais dinheiro vivo, que façam isso usando uma quantidade menor de notas. Porque imprimir notas é caro.
Mas atenção: não é porque o governo vai lançar notas de R$ 200 que guardar dinheiro vivo ficou vantajoso da noite para o dia. Além de não ser tão seguro, porque o dinheiro pode ser roubado ou perdido, ele deixa de render. Guardar dinheiro no banco é melhor porque lá existe a opção de investir, mesmo que você seja iniciante em investimentos.
A cédula de R$ 200,00 traz um animal típico da fauna brasileira: o lobo-guará. Curiosamente, numa votação popular feita pelo Banco Central, ele foi apenas o terceiro colocado.
A tartaruga-marinha ficou em primeiro e o mico-leão dourado ficou em segundo lugar. Acontece que esses dois animais já são usados em outras notas — nas de R$ 2,00 e R$ 20,00, respectivamente. Então, o lobo-guará ficou com o posto.
Foto da nota de 200 reais:
Diferentemente das outras, que têm cores muito marcantes, a nota de R$ 200 é cinza, e tem o lobo-guará na cor marrom.
As outras cédulas, por exemplo, são: verde (R$ 1, fora de produção); azul (R$ 2 e R$ 100); roxa (R$ 5); vermelha (R$ 10); amarela (R$ 20) e laranja (R$ 50).
A nota de 200 reais é a de maior valor que alguém pode ter na carteira. Quando você for receber uma como troco ou pagamento, é bom ter certeza de que se trata de uma nota verdadeira.
Afinal, ninguém quer ser enganado e ficar com uma nota de 200 reais falsa, não é mesmo?
Portanto, para saber se a nota de 200 reais é mesmo oficial, você deve seguir algumas orientações básicas. Assim, terá instrumentos para checar por conta própria.
Coloque a nota contra a luz e veja se a figura do lobo-guará e do valor de R$ 200 ficam um pouco transparentes, em tons que variam.
Também contra a luz, note se um fio escuro aparece perto do meio da nota. Nele, devem aparecer escritos o valor da nota e a palavra “reais”.
Ainda contra a luz, veja o quebra-cabeça. Ou seja, note que as partes do desenho do verso completam os da frente, formando o número do valor da nota.
Passe o dedo sobre a nota e sinta o alto-relevo. Você pode perceber a mesma coisa nas notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100.
Sob luz ultravioleta, o número do valor da nota aparece na frente. Nessa mesma condição, a numeração de série vermelha fica amarela e pequenos fios ficam lilás.
O lançamento da nota de R$ 200 não tem nada a ver com inflação, não.
Quando uma nota é lançada, a inflação é uma hipótese levantada quase automaticamente pelos brasileiros, especialmente por quem viveu nos anos 80 e 90. Naquela época de hiperinflação, novas cédulas de cruzeiros, cruzados e outras moedas similares eram lançadas várias vezes por ano.
A lógica da inflação é bem simples: o dinheiro se desvaloriza e, então, notas maiores acabam sendo criadas. Acontece que, neste caso, a nota de R$ 200 não tem nada a ver com a inflação. Basta observar que, em agosto de 2020, quando a nota foi anunciada, a projeção de inflação para o ano era de 1,8%. Isso é menos da metade dos 4,9% da inflação registrada em 2019. Ou seja, a inflação em 2020 está baixa.
A maioria das notas que você conhece foi criada quando o real foi implantado, em meados de 1994. Mas elas foram se modificando ao longo do tempo. Vale, então, recapitular a história de cada cédula:
R$ 1: foi lançada em 1994 e deixou de ser emitida em 2005;
R$ 2: foi lançada em 2001;
R$ 5: foi lançada em 1994;
R$ 10 foi lançada em 1994;
R$ 20: foi lançada em 2002;
R$ 50: foi lançada em 1994;
R$ 100: foi lançada em 1994;
R$ 200: foi lançada em 2020.
Por enquanto, nada indica oficialmente que a nota de R$ 200 vá sair de circulação. Mas é verdade que no mundo todo existe um fenômeno de “cashless”. Ou seja, as pessoas estão andando com menos dinheiro vivo e preferindo serviços digitais.
O próprio Banco Central brasileiro tem planos de criar um “real digital”, que seria a moeda digital brasileira.
O real físico continuaria existindo. Mas é claro que o real digital surgiria como mais uma opção para os brasileiros fazerem transações virtuais.
Outro exemplo do sucesso das transações digitais é o PIX. Só que, nesse caso, vale lembrar que o próprio também pode ser usado para sacar dinheiro em espécie, a partir do PIX Saque ou PIX Troco.
Confira mais detalhes sobre esse recurso neste artigo
e entenda como você pode ficar com dinheiro vivo ao utilizar o PIX nos estabelecimentos que aceitam esse mecanismo.
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