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Na ida ao mercado, banana, manteiga e batata se tornam os maiores vilões para o bolso do consumidor
ARTIGOS
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11.10.2022
controle
seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
A cesta básica da cidade de São Paulo é a mais cara entre as capitais brasileiras no mês de setembro, informou nesta quinta-feira (6) o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
No período, o custo médio da cesta básica na capital paulista era de R$ 750,74, valor mais alto entre as 17 capitais brasileiras que são analisadas na pesquisa. Em seguida estavam a cesta básica de Florianópolis (R$ 746,55), Porto Alegre (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 714,14).
Em São Paulo, entre os 13 produtos que compõem a cesta, nove tiveram aumento nos preços médios, na comparação com o mês anterior: banana (5,57%), manteiga (5,15%), batata (3,80%), farinha de trigo (2,45%), café em pó (1,69%), arroz agulhinha (1,02%), açúcar refinado (0,99%), carne bovina de primeira (0,45%) e pão francês (0,35%).
No Nordeste, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 518,68), Salvador (R$ 560,31), João Pessoa (R$ 562,32) e Recife (R$ 580,01).
Em setembro, 12 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Dieese apresentaram queda no custo da cesta. As reduções mais importantes, diz o Dieese, ocorreram em Aracaju (-3,87%), Recife (-3,03%), Salvador (-2,88%) e Belém (-1,95%). Já os maiores aumentos foram registrados em Belo Horizonte (1,88%), Campo Grande (1,83%), Natal (0,14%), São Paulo (0,13%) e Florianópolis (0,05%).
Ao analisar todo o ano de 2022, entre janeiro e setembro, o custo da cesta básica subiu em todas as capitais brasileiras pesquisadas, conforme o departamento. A maior elevação foi observada em Belém (11,78%), seguida por Campo Grande (10,87%), Brasília (10,56%), Goiânia (10,29%) e João Pessoa (10,08%).
Com base na cesta mais cara [a de São Paulo] e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.306,97 em setembro, ou 5,20 vezes superior ao salário mínimo atual, de R$ 1.212,00.
Se você recebe um salário mínimo atual e mora na cidade de São Paulo, é preciso passar, em média, 136 horas e 6 minutos trabalhando para conseguir comprar uma cesta básica. O valor alimenta apenas um adulto.
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