O que você vai ler neste artigo:
Essa taxa está presente na rentabilidade de uma série de investimentos, por isso é bom entender do que se trata.
CDI significa Certificado de Depósito Interbancário. Ele é um título que instituições financeiras emitem e negociam entre si. Ou seja: pessoas físicas não podem “investir” em CDI, pois tudo é feito entre bancos.
O CDI existe para que os bancos possam emprestar e pegar emprestado dinheiro entre eles. Isso acontece literalmente de um dia para o outro, para que possam finalizar o dia com o caixa no azul, sem “dever” nada.
O Banco Central determina que os bancos devem terminar o dia com saldo positivo em seu caixa. A exigência é uma medida de segurança para aumentar a estabilidade do sistema financeiro.
Só que às vezes isso não acontece. Por exemplo: imagine que em um dia de pagamento um banco teve mais saques do que o normal, e o valor dos saques foi maior do que o dos depósitos.
Dessa forma, a instituição poderia fechar o dia no vermelho. Mas ela pode pegar dinheiro emprestado de outro banco e, assim, fechar o caixa do dia no azul.
No dia seguinte, o banco que pegou o empréstimo paga a dívida com a outra instituição, com juros.
Esses juros são a taxa CDI. Ou seja, ela mostra quanto os bancos estão ganhando juros ao emprestar grana para outras instituições.
A taxa do Certificado de Depósito Interbancário é calculada pela B3, a Bolsa de Valores oficial do Brasil. Esse cálculo é feito todo dia a partir dos empréstimos realizados entre os bancos. Com as taxas de cada dia, a B3 calcula a média mensal e anual do CDI.
A média anual do CDI está em 4,15% em junho de 2021, de acordo com o site da B3.
Ela é a referência de quanto vão render muitas aplicações financeiras de renda fixa pós-fixadas.
Só para relembrar, os investimentos de renda fixa são divididos entre:
CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são exemplos de aplicações que usam a taxa CDI para definir seus rendimentos, que podem ser o total dessa taxa ou uma parte dela.
No caso dos investimentos que são pós-fixados, como a taxa CDI, pode variar ao longo do tempo, não se sabe exatamente qual será o percentual de rendimento da aplicação quando ela é realizada. Sabe-se apenas que o índice que servirá como base é o CDI.
No universo dos investimentos de renda fixa, muitas vezes é dito que um determinado investimento rende algum percentual do CDI. Algumas opções apresentam rendimento de 90% do CDI, ou de 100% e, em alguns casos, até mesmo 130% do CDI.
Isso quer dizer que, quando alguma aplicação de renda fixa rende, por exemplo, 100% do CDI, sua rentabilidade será igual à variação do índice entre o momento da aplicação e a hora do resgate (ou seja, até o vencimento).
Vamos supor que você faça hoje uma aplicação de R$ 100 para resgatar daqui a um ano e que sabe que ele vai render 100% do CDI. Daqui um ano, na hora do resgate, a taxa CDI foi 4%. Então, você vai resgatar R$ 104 - o valor inicial que aplicou mais 100% da taxa, que ficou em 4%.
Por isso, ao escolher investimentos que usem esse índice como referência, o ideal é que eles rendam pelo menos 100% do CDI.
A taxa CDI e a Selic caminham juntas e são referência para muitos investimentos.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve para definir todos os juros do país (juros de empréstimos, financiamentos e, como falamos, investimentos). Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Ela é a base do que o governo federal paga de juros quando pega empréstimos.
Se a Selic estiver muito mais alta do que a taxa CDI, os bancos vão preferir emprestar dinheiro ao governo do que a outras instituições.
Por outro lado, se a taxa CDI estiver mais alta do que a Selic, os juros do depósito interbancário estarão mais altos e, como consequência, fica mais caro para os bancos pegarem esse tipo de empréstimo. Por isso, de forma geral, as taxas Selic e CDI estão sempre próximas.
Agora que você aprendeu mais sobre a Taxa CDI, um dos principais índices de investimentos de renda fixa, veja 5 dicas para começar a investir agora mesmo!
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