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Especialista avalia impactos do surgimento de novas variantes do vírus e dá dicas para se preparar
ARTIGOS
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8min. de leitura
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16.12.2021
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seus gastos
PorRedacao | Millena PAN
Identificada em novembro de 2021, a nova variante do coronavírus, a ômicron, vem ganhando destaque nos noticiários, com relatos de muitas contaminações, alta nas infecções e até mortes de pacientes infectados com ela no mundo.
Ela é denominada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como VOC, ou variante de preocupação (variants of concern, na sigla em inglês). Isso porque parece se disseminar mais rapidamente do que outras variantes. E se junta às outras do tipo já identificadas e que apareceram no noticiário: alfa, beta, gama e delta.
Desde o início da pandemia, os efeitos da emergência sanitária vão além da saúde. A economia mundial foi impactada e, no Brasil, não foi diferente.
Inflação e desemprego altos, necessidade de socorros financeiros para ajudar as pessoas mais afetadas e vulneráveis, como o auxílio emergencial, piora dos indicadores econômicos em geral são algumas das consequências.
Mas por que o surgimento de uma nova variante afeta a economia? E qual será o efeito da ômicron no Brasil? O Blog Amigo do Dinheiro consultou um especialista para responder a essas questões. Leia esse artigo para entender e veja as recomendações que ele dá para se preparar para o próximo ano.
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Depois do início da pandemia de Covid-19, a vida de todo mundo foi afetada, em algum sentido. Muitos estudos foram feitos sobre esses efeitos.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) conduziu vários trabalhos, mostrando como a pandemia afetou a vida das pessoas, com impactos sociais, econômicos, culturais e políticos.
Nesses estudos, a Fiocruz diz que “a estimativa de infectados e mortos concorre diretamente com o impacto sobre os sistemas de saúde, com a exposição de populações e grupos vulneráveis, a sustentação econômica do sistema financeiro e da população, a saúde mental das pessoas em tempos de confinamento e temor pelo risco de adoecimento e morte, acesso a bens essenciais como alimentação, medicamentos, transporte, entre outros”.
Entre os artigos, a Fiocruz produziu um boletim com orientações sobre os cuidados a serem tomados neste final de ano de 2021, orientando que todos se vacinem contra a Covid-19, como organizar as confraternizações de fim de ano e até recomendações para quem vai viajar. Tudo para evitar uma nova explosão de casos, especialmente por causa da ômicron.
Segundo o Instituto Butantan, embora ainda sejam necessários mais estudos sobre os sintomas e a gravidade da variante ômicron, algumas diferenças foram constatadas nos pacientes que a contraíram. Eles relataram cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e garganta, mas não relataram perda de olfato ou paladar, que costuma ser um sintoma mais típico da Covid-19. A maioria deles tinha quadros leves e foi tratada em casa.
Cada vez que uma nova variante de preocupação do coronavírus é identificada, há necessidade de estudos e observação sobre os efeitos que ela tem em taxas de contaminação, internação hospitalar e mortes, além de saber se as vacinas aplicadas funcionam contra ela.
Com isso, há sempre um cuidado maior em liberações de atividades até que as consequências de cada nova variante que surge sejam medidas. E esse é um dos principais fatores pelos quais, a cada nova cepa, haja preocupação com os efeitos econômicos também.
Para Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento), a ômicron tem alarmado novamente países da Europa e do Leste Europeu, especialmente por dois motivos:
menor taxa de vacinação contra a Covid-19 nesses locais do que em países como o Brasil;
início do inverno nessas regiões, com as pessoas tendo que ficar isoladas em casa por causa do grande frio exterior.
Em entrevista ao Blog Amigo do Dinheiro, Tingas avalia que, a julgar pelas condições atuais, o Brasil deve ser menos afetado do que esses países pela nova cepa do novo coronavírus (Sars-COV-2), por estar com maior taxa de vacinação e às vésperas do verão, quando a tendência das pessoas é de ficarem em lugares mais abertos.
No entanto, ele alerta: “Como o movimento das cepas é sempre surpreendente e inesperado, não é descartável a possibilidade de que se tomem medidas preventivas no Brasil” para combater a ômicron.
Como exemplo, o economista cita o caso das festas de Ano Novo e Carnaval que estão sendo descartadas em muitas cidades, “exatamente porque promovem uma aglomeração imensa”, aumentando o risco de contaminação.
Para Tingas, os brasileiros estão com uma aprendizagem vinda da época mais aguda da pandemia: “As pessoas percebem melhor que é necessário se cuidar”. E ele avalia que os cuidados vão se estender ao comércio e aos serviços.
“Mas não vejo um grande movimento de fechamento ou de pessoas que vão evitar fazer o que têm que fazer”, disse ele. “A não ser que a gente entre num quadro muito grave.”
De toda forma, Tingas faz algumas recomendações para se preparar para os próximos meses.
“Tentar fazer cursos, tentar criar meios de ter uma nova renda e tentar se preparar para um momento em que a economia deve voltar a andar”, afirmou ele, se referindo ao próximo ano.
Na visão do economista, 2022 será um “ano de transição” na economia. “Em ano de transição, com risco de uma cepa, o melhor é a gente simplificar a vida, gastar menos, fazer cursos, estudar, rever as estratégias de trabalho e renda e tocar a vida”, finalizou.
Para seguir as recomendações do especialista, veja cursos gratuitos online para melhorar seu currículo e ideias para fazer renda extra com pouco investimento.
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