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Você sabia que já pode pagar contas de até R$ 200 com o cartão Contactless (ou seja, por aproximação) sem precisar digitar a senha na maquininha? Esse limite era de R$ 50 até meados de 2020, mas em julho subiu para R$ 100 e, desde janeiro de 2021, está em R$ 200.
No Brasil, oito em cada dez transações com cartão ficam abaixo de R$ 200 segundo uma reportagem da Folha de S.Paulo. Com essa mudança, a grande maioria dos pagamentos com cartão vai poder ser feita por aproximação.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), mais de R$ 22,7 bilhões foram pagos pelos brasileiros com o cartão por aproximação entre janeiro e setembro de 2020. Houve, assim, uma alta de 478% em relação ao mesmo período de 2019.
A grande vantagem para o consumidor é que esse tipo de pagamento por aproximação é mais ágil que o tradicional — aquele, em que você enfia o cartão na maquininha.
O fato de não precisar digitar a senha agiliza o pagamento no caixa. Além disso, evita ter de encostar os dedos na maquininha de cartão, o que é um problema durante a pandemia. Mas deixa uma dúvida no ar: o cartão por aproximação é seguro?
No Carnaval de 2020, o Procon de São Paulo emitiu um alerta. Pediu aos consumidores que ficassem atentos para que golpistas não aproximassem a maquininha de seus bolsos e carteiras e passassem compras sem que eles percebessem.
Acontece que isso nunca realmente virou um grande problema, como se temia. Se é que esse tipo de crime aconteceu, ele foi isolado. Não houve um número de queixas na polícia que justificasse uma preocupação tão grande com algum tipo de crime por falta da digitação da senha — pelo menos por enquanto.
Perceba que o alerta foi dado no Carnaval de 2020. Foi, portanto, pouco antes de a pandemia da Covid-19 afetar um número grande de pessoas. O Carnaval no ano passado começou em 22 de fevereiro (sábado). A primeira morte por Covid-19 seria registrada somente em meados de março.
O que de fato aconteceu é que o pagamento por aproximação ajudou muita gente durante a pandemia. Não precisar digitar a senha foi uma maneira de não ter de encostar no teclado das maquininhas para digitar a senha — o que é fator de contaminação pelo coronavírus. Por isso, houve o aumento do limite para R$ 100 em julho e mais tarde, em janeiro de 2021, para R$ 200.
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