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DICAS
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8min. de leitura
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11.03.2021
zero
dívida
PorRedacao PAN
Você sabia que, em média, 23 pessoas têm o WhatsApp clonado por dia no Brasil? Os dados são da PSafe e foram divulgados no início de 2020. Esse tipo de crime é tão comum que até o Ministério Público do Distrito Federal criou uma cartilha para ajudar as pessoas a não caírem nele.
O pior é que a clonagem de WhatsApp não é o único tipo de crime com esse aplicativo, que é usado por cerca de 90% dos brasileiros que possuem um smartphone. Existem pelo menos outros dois golpes comuns, que listamos abaixo.
Você de repente recebe uma mensagem de um contato seu no WhatsApp pedindo dinheiro. Na mensagem, essa pessoa dá uma explicação qualquer e pede para você fazer uma transferência para ela.
Acontece que aquela mensagem não é real. O celular daquela pessoa foi clonado e você, na realidade, está conversando com um golpista que está se passando por ela.
Mas como o golpista conseguiu invadir o WhatsApp dela? Na maioria dos casos, ele fez contato com a pessoa fingindo ser um atendente de uma empresa (como operadora de celular, companhia aérea, loja online ou outra qualquer). Daí, disse ter enviado um código de seis dígitos para o celular dela para completar alguma operação qualquer.
Acontece que aquele código de seis dígitos era justamente o código necessário para invadir o WhatsApp. Horas depois do contato, o criminoso entrou no WhatsApp e começou a mandar essa mensagem para todos os contatos pedindo dinheiro.
Em alguns casos, o golpista consegue esse acesso por meios mais sofisticados, como um malware, que é um programa malicioso feito por hackers.
Seja de uma maneira ou de outra, o golpista no final das contas pede dinheiro aos contatos que estão no WhatsApp. Apesar de a maioria perceber que é golpe, algumas pessoas acabam acreditando e depositando o dinheiro. Aí, já era: elas nunca mais vão ter aquele dinheiro de volta.
Como se prevenir? Ative a “Confirmação em duas etapas” no WhatsApp da seguinte maneira:
Clique em “Ajustes”;
Clique em “Conta”;
Clique em “Confirmação em duas etapas”;
Clique em “Ativar”;
Escolha uma senha de seis números;
Repita a senha de seis números;
Digite um email de recuperação.
Ao fazer isso você fica com proteção total. Se por acaso o seu WhatsApp for invadido, o golpista terá de saber a senha que você escolheu. Como dica extra, não informe dados pessoais em nenhum contato, a não ser que você tenha feito o contato com a empresa de sua confiança.
O golpista usa um número de celular qualquer e cria uma conta nova com o seu nome, sua foto e sai dizendo para os seus contatos que você trocou de número de celular. Então, ele passa a fazer mais ou menos a mesma coisa que no item anterior: pede dinheiro emprestado aos seus contatos prometendo devolver logo depois.
A pergunta é: como ele consegue ter acesso aos seus dados?
Na realidade, ele muitas vezes rouba as suas informações (como nome e telefone) de bancos de dados de empresas. Mas ele tem acesso a seus contatos em redes sociais ou mesmo em grupos públicos dos quais você participa.
Como se proteger nesses casos?
Primeiro, limite quem pode ver a sua foto de perfil no WhatsApp. O ideal é que só as pessoas que estão na sua lista de contato possam vê-la.
Clique em “Ajustes”;
Clique em “Conta”;
Clique em “Privacidade”;
Clique em “Foto de perfil”;
Escolha “Meus contatos” (se quiser que somente seus contatos vejam sua foto) ou “Ninguém” (se não quiser que ninguém possa vê-la).
Se por acaso alguém avisar a você que uma outra pessoa está mandando mensagens se passando por você, imediatamente envie uma mensagem para todos os seus contatos avisando ser um golpe. Diga que seu número continua o mesmo — e que a outra pessoa é golpista. Peça, inclusive, para as pessoas mais próximas reforçarem essa mensagem.
Ofertas incríveis e imperdíveis são disparadas pelo WhatsApp. Já houve liberação gratuita da Netflix durante a pandemia, álbum da Copa do Mundo de 2018 com 100 figurinhas de graça, lista com fundo de garantia retroativo, voucher de R$ 100 da Uber, vale-ovo de Páscoa de R$ 800. Mas era tudo mentira. Para ganhar qualquer um desses falsos brindes, bastava clicar no link que chegava pelo WhatsApp.
E aí sempre vale o velho ditado: “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Acontece que muitas pessoas não desconfiam e simplesmente clicam no link. É aí que acontece phishing, que nada mais é do que o roubo de dados na internet. Ao clicar naquele link, você acaba caindo num site que no final das contas rouba os seus dados.
Como se proteger? Antes de tudo: não clique. Procure aquela informação na internet. Por exemplo, se a promoção diz ser da Uber, vá até o site da Uber ou procure no Google ou na conta da empresa numa rede social, como Instagram, Facebook, Twitter ou YouTube. Se não houver nada sobre aquela promoção, ela não existe.
Algumas vezes, os diálogos entre golpista e os contatos do WhatsApp chegam a ser engraçados. Os golpistas cometem erros de português, como o caso em que um deles disse que o cartão foi “cronado”. Outro disse ser um "robô" e depois rapidamente corrigiu para “robô”.
O humorista Igor Guimarães selecionou várias situações divertidas, mas outras também educativas, que complementam este post, e as colocou num vídeo para o canal Pra Fazer Mais, do PAN.
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