O que você vai ler neste artigo:
Comprar carro usado pode ser mais barato do que um 0 km, mas você precisa tomar alguns cuidados para garantir uma compra segura. A pesquisa é o primeiro passo para evitar dor de cabeça no futuro.
Buscar informações sobre a procedência do carro e reconhecer alterações de condições originais são procedimentos essenciais e detalhes que podem pesar no bolso.
Se você deseja comprar um carro usado e está em busca de dicas e informações para embasar sua escolha, este artigo é para você.
Quando uma pessoa decide comprar um carro, a primeira providência é entender quanto ela pode investir nessa aquisição. Nem sempre é possível pensar em um modelo 0 km. É aí que entra a opção do seminovo ou usado.
Essa alternativa foi buscada por muitos brasileiros. A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) indica que as vendas desses modelos vêm subindo. Em 2020, por exemplo, elas superaram as de carros 0 km. Na análise da entidade, a decisão de compra de um automóvel, mesmo que usado, também teve influência da pandemia: muitas pessoas preferiram passar a transitar de carro para diminuir o risco de contágio, que poderia ser maior no transporte público.
E essa percepção é confirmada por uma pesquisa do DataSenado que mostrou que, em março de 2021, 95% dos brasileiros consideravam que há muito risco de contrair o novo coronavírus usando transporte público. Levantamento anterior tinha mostrado que 89% da população via alto risco de se infectar nesses meios de transporte.
A Fenauto também indica que, em 2021, a compra de carros usados continua em alta, em parte por causa de condições de financiamento vantajosas.
No PAN, por exemplo, é possível financiar até 100% do veículo usado.
Confira abaixo pontos importantes a observar na hora de comprar um carro seminovo ou usado.
Existe muita gente anunciando carro usado na internet. Para minimizar as chances de golpes ou prejuízos, busque por lojas e sites especializados.
Pesquisa em fóruns na internet, converse com quem entende do assunto, busque informações na mídia especializada.
Conhecer o carro ajuda a entender se ele atende às suas necessidades e como a marca se relaciona com seus clientes. Na dúvida, procure por outros modelos e compare os prós e contras.
Verificar se o carro já foi licenciado e o estado onde isso aconteceu. Se o carro for financiado, cheque junto à sua instituição financeira responsável se o carro foi quitado e se já existe baixa no gravame, o cadastro que veículos financiados têm no Departamento Estadual de Trânsito.
Não esqueça de conferir também se há multas pendentes. Esse tipo de consulta também pode ser feita no departamento de trânsito. Um despachante pode ajudar com esses processos.
Sabe aquele tipo de carro que nunca quebra ou que tem bom custo-benefício em relação ao consumo de combustível? Ou, ao contrário, um modelo que não sai da oficina?
Essas e outras avaliações você vai conseguir com um mecânico de confiança, que é mesmo quem entende bem do assunto. Bater um papo com ele pode ajudar na hora da compra.
Antes de comprar o carro, se possível, teste o desempenho dele em ruas e avenidas. Observe se não há ruídos estranhos ou excessivos, se o motor tem força e se o volante responde com firmeza.
Tome o tempo que precisar para conferir a dirigibilidade do automóvel e o estado dos pedais. Se o seu mecânico for nesta voltinha com você, melhor ainda.
Uma das primeiras coisas que alguém que vai comprar um carro faz é observar o interior do veículo. Para veículos seminovos, é muito importante conferir atentamente todos os detalhes do veículo, como manchas ou problemas em bancos e forrações, maçanetas, acabamento, se há adesivos originais de fábrica.
Cheiro de mofo e ferrugem no estepe ou no macaco é indicativo de situações de alagamento. Carro recuperado de enchente pode dar problemas em médio e longo prazo.
Para que nenhum detalhe escape aos olhos, procure conferir todos os pontos abaixo:
Motor: é uma das peças mais caras e um item fundamental para a segurança e o funcionamento do carro. Ruídos ou fumaças podem pesar no seu bolso logo.
Embreagem: verifique se ela está regulada, se não está dura ou mole demais. Em média, o conjunto de embreagem deve ser trocado a cada 70 mil km. Consulte o manual para saber as especificações do modelo.
Vidros: eles dão um indicativo da procedência do veículo. Por lei, todos os vidros saem de fábrica com a inscrição do número do chassi. Qualquer alteração é sinal de que o carro não está em seu estado original. Ele pode ter se envolvido em um acidente ou ser recuperado de sinistro de um seguro.
Pintura: opacidade ou alterações de tonalidade e textura podem estar relacionadas a uma batida. Aí será preciso uma análise minuciosa para entender se há peças substituídas ou diferenças de alinhamento em portas.
Placas: a traseira tem lacre, numeração e ano em que foi fabricada. Olhe se é o mesmo ano que consta no documento do carro. Se não for, vale perguntar o motivo da substituição.
Pneus: desgastes acentuados em carros com poucos quilômetros rodados podem indicar problemas de suspensão. Isso significa que você terá que desembolsar dinheiro para alinhamento, balanceamento, suspensão e até novos pneus.
Parte inferior do carro: suspender o carro para conferir seu estado estrutural é uma outra medida conveniente a ser tomada. Problemas na suspensão e soldagens nas longarinas do carro indicam alteração das configurações originais, possíveis rebaixamentos estéticos, soldas e outros indícios de colisões de grandes proporções.
Manual: nele são registradas informações sobre revisões periódicas. E carro com as manutenções em dia é carro bom para comprar.
Depois que estiver com seu carro, não deixe de prestar atenção na manutenção! Dá uma olhada nas dicas sobre isso que o Stevan Gaipo deu nesse vídeo no canal Pra Fazer Mais, do Banco PAN, e aproveite seu carro por muito tempo!
Siga a gente
Aprenda a economizar, organizar as suas finanças e fazer o seu dinheiro render mais