País tem 66 milhões de inadimplentes; saiba evitar a situação

Planejamento financeiro é essencial para manter pagamento das contas em dia e fugir da lista de negativados

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21.07.2022

controle
seus gastos

PorRedacao | Millena PAN

Estar com as contas em dia é o que faz muita gente colocar a cabeça no travesseiro e ter uma noite tranquila de sono. Infelizmente, essa pode não ser a realidade de 66,6 milhões de brasileiros inadimplentes, segundo indicador da Serasa Experian.

A quantidade de pessoas com dívidas em atraso no Brasil, em maio, foi a maior de toda a série histórica da Serasa, iniciada em 2016.

São 4 milhões de pessoas a mais do que no levantamento desse mesmo mês de 2021 – 500 mil de diferença para abril de 2022.

• Leia também: OPINIÃO: Como não se enrolar com o cartão de crédito em tempo de crise

Os dados convergem com outros levantamentos que tratam de inadimplência.

Realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de maio mostrou que a proporção de famílias com contas em atraso aumentou de 28,6% (abril) para 28,7%.

Outro levantamento da própria Serasa apontou, especificamente, para o aumento de idosos inadimplentes no período de um ano. Mais de 700 mil pessoas de 60 anos ou mais passaram a ter, ao menos, uma conta em atraso.

Ter dívidas é normal. É preciso evitar o não pagamento dessas dívidas no prazo correto. A partir do momento em que uma pessoa perde a capacidade de honrar esses compromissos, ela se torna inadimplente e pode ter seu nome colocado em listas de maus pagadores, o famoso “nome sujo”.

SAIBA DICAS PARA EVITAR A INADIMPLÊNCIA

Veja abaixo uma lista de dicas sobre como resolver ou simplesmente nem entrar numa situação de inadimplência:

Faça as contas

O primeiro passo é reconhecer suas capacidades financeiras. Assim, comece por anotar o recurso que você tem disponível e todas as contas que você possui a pagar, incluindo as que estão em atraso. 

Priorize as contas mais importantes

Feitos os cálculos, você deve saber organizar as contas e gastos essenciais, que são aqueles que você não pode viver sem, como alimentação básica, luz e água, por exemplo. É muito importante saber quais contas priorizar.

Os itens essenciais variam de pessoa para pessoa. Alguém que precisa pegar transporte público para chegar ao trabalho, por exemplo, deve incluir essa despesa como essencial.

Da mesma forma, alguém que precisa do celular ou de internet em casa para poder trabalhar também deve ter essa conta como uma despesa fundamental no fim do mês.

O mesmo vale para medicamentos de uso contínuo, caso você faço uso de algum.

Entenda o que NÃO fazer

Tão importante quanto as dicas do que fazer, são as dicas do que não fazer. Por isso, não caia na cilada do crédito fácil, do cheque especial ou rotativo do cartão de crédito.

Esses são os juros mais altos do mundo, podendo chegar a mais de 400% ao ano. As dívidas nessas modalidades podem facilmente virar uma bola de neve.

• Leia também: OPINIÃO: Saiba por que educação financeira é importante para você

Negocie suas dívidas

Ao saber na ponta do lápis as suas receitas e despesas, chegou a hora de negociar com a empresa para a qual você está devendo. Tente chegar a valores que caibam no seu orçamento mensal. Busque por melhores taxas e condições.

Considere fazer um empréstimo

Outra possibilidade de dar um jeito nas dívidas com juros altos é fazer um empréstimo consignado. Como ele desconta direto do rendimento ou benefício, costuma ter taxas bem melhores do que as disponíveis no mercado.

É trocar uma dívida de juros maior por outra com taxas melhores e parcelas que caibam no seu orçamento.

Vale lembrar que não é necessário pagar o valor total da dívida para ter o nome retirado das listas de inadimplência: caso você parcele o pagamento, ao quitar a 1ª prestação, o nome já pode ser “limpo”.

No entanto, tenha atenção: novos atrasos farão seu nome retornar para a lista de devedores.

Estar com o nome negativado traz diversas consequências, como:

• Dificuldade para obter empréstimos, financiamentos ou outros serviços financeiros;
• Dificuldade em conseguir um cartão de crédito ou acessar o cheque especial;

• Queda do score de crédito, sendo que esse sistema de pontuação ajuda a acessar produtos e serviços financeiros.

COMO COBRAR DE QUEM ESTÁ INADIMPLENTE

O aumento da inadimplência exige muito jogo de cintura até dos credores, que deixam de receber pagamentos.

É importante saber driblar essa situação e cobrar os clientes de forma respeitosa, mantendo um bom relacionamento com eles. Lembre-se de que essas pessoas têm sentimentos e provavelmente estão passando por uma situação complicada.

Para isso, existem algumas dicas na hora de cobrar quem está inadimplente:

1. Envie lembretes de pagamento, tanto antes da inadimplência quanto depois. Vale enviar mensagens em aplicativos de mensagens ou e-mail, mas sempre falando apenas para quem está devendo, sem exposição;
2. Na hora da cobrança, tenha cuidado com o tom da conversa por mensagem ou ligação e procure sempre agir de maneira educada;
3. Facilite a negociação e o pagamento e ofereça o máximo possível de alternativas para a pessoa devedora quitar o débito.

Para ajudar no controle das finanças, confira algumas dicas para evitar as compras por impulso.

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